As recentes estimativas da atividade turística nacional, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que no 1.º semestre deste ano foram registadas mais de 33,9 milhões de dormidas (+19% face a 2022; +5,4 milhões de dormidas), representando um aumento da procura na ordem dos 8% no mercado nacional (+718,5 mil dormidas) e de 24% no mercado internacional (+4,6 milhões de dormidas).
Comparando com os primeiros seis meses de 2019, as dormidas cresceram 11% (+3,3 milhões de dormidas), o que se traduz em +13% de dormidas de nacionais e +10% de dormidas de turistas estrangeiros. Este crescimento é evidenciado pelo aumento do número de hóspedes, que se fixou em cerca de 13,6 milhões, no acumulado até junho, traduzindo-se em +21% de hóspedes face a 2022 e 11% face a 2019.
A dinâmica de crescimento foi transversal a todas as regiões do país no 1.º semestre de 2023, destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa (+24%), o Norte (+23%), a Região Autónoma da Madeira (+19%) e o Centro (17%) como zonas de maior crescimento face a igual período de 2022. E os resultados são semelhantes aos de 2019, à exceção do Algarve que se manteve ligeiramente abaixo dos níveis de pré-pandemia (-0,8% das dormidas). O Norte (+23%) e a Região Autónoma da Madeira (+22%) foram as regiões que mantiveram as percentagens de crescimento mais expressivas face ao 1.º semestre de 2019, seguidos pela Região Autónoma dos Açores (+15%) e pelo Alentejo (+14%).
A maior representatividade das dormidas em Portugal está centrada nos estabelecimentos de hotelaria (82% das dormidas do 1.º semestre), seguida pelas unidades de Alojamento Local (15%) e pelo Turismo no Espaço Rural e de Habitação (3%).
No entanto, no 1.º semestre de 2023, o Alojamento Local é a tipologia com maior crescimento de procura face a 2022 (+23% das dormidas), seguido pelos estabelecimentos da hotelaria (+18%) e pelo Turismo no Espaço Rural e de Habitação (+15%).