Entrevista a Pedro Machado | Presidente Turismo Centro de Portugal

Jun 16, 2022

Após os constrangimentos vividos durante a pandemia, a retoma da confiança dos consumidores, a recuperação das empresas e dos mercados externos são, por esta ordem, as prioridades para o Centro de Portugal. Daqui a um ano, Pedro Machado gostaria de ver a Região no topo das preferências do mercado nacional e dos 28 mercados internacionais com que Portugal trabalha atualmente

Veja a entrevista exclusiva a Pedro Machado, que cobre temas como a escassez de recursos humanos nos segmentos do turismo, o tópico da emigração como ferramenta para mitigar esta situação e ainda a resposta da Centro de Portugal face aos novos desafios pós-pandemia.

“Daqui a um ano gostaria que estivéssemos a discutir não os efeitos da pandemia, da falta de segurança que o mundo hoje atravessa, mas de que forma é que um destino com as características do Centro de Portugal já é a primeira escolha óbvia dos portugueses e como é que ele está cada vez mais a entrar no mindset da esmagadora maioria entre os 28 mercados internacionais com que Portugal está a trabalhar”

Na abertura do 8º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, que teve lugar entre 6 e 9 de junho, em Tomar, Pedro Machado afirmou acreditar que a região vai superar, em 2022, os resultados de 2019 e está otimista quanto ao desempenho do setor no verão: o mercado nacional representa praticamente 55% do mercado turístico do Centro de Portugal, números que têm vindo a traduzir-se num aumento objetivo: “Em abril de 2022, comparativamente a abril de 2019, tivemos um aumento de 50 mil dormidas só do mercado nacional. Se não fosse ainda a recuperação mais ténue do mercado internacional, já estaríamos com valores muito acima de 2019”.

O Presidente da Turismo do Centro de Portugal afirma que “há mais portugueses a consumirem Centro de Portugal em fevereiro, março e abril de 2022, comparativamente aos dados de 2019, o que significa que há uma tendência crescente para fidelização do mercado nacional. Naturalmente que a região Centro, tendo maior dependência do mercado interno e do mercado interno alargado, está menos volátil do que algumas das suas sub-regiões muito dependentes na maioria dos mercados longínquos, que estão naturalmente num processo de recuperação mais lento”.

“70% dos consumidores hoje estão disponíveis para alterar o seu destino de férias se a proposta de valor que lhes for oferecida resultar numa diminuição da pegada ecológica”

Pedro Machado assegura que a região vai manter a sua aposta no mercado nacional, tendo em conta o perfil do novo turista. “Vamos promover uma oferta alinhada com a procura e por isso continuaremos a trabalhar produtos como o enoturismo, turismo religioso, turismo cultural e literário, turismo ativo, mas também novos produtos como o turismo industrial, um espaço dedicado aos nómadas digitais e o ecoturismo. O Presidente da Turismo do Centro de Portugal refere dados recentes que estima que “70% dos consumidores hoje estão disponíveis para alterar o seu destino de férias se a proposta de valor que lhes for oferecida resultar numa diminuição da pegada ecológica”, portanto, sendo por natureza a missão de uma região de turismo estruturar produtos e desenvolver novos, Pedro Machado garante que o Centro de Portugal está atento ao surgimento de novos segmentos a trabalhar em função das tendências e perfil do consumidor.

Em entrevista ao Magazine de Negócios AHRESP, Pedro Machado idealiza o posicionamento da Região Centro dentro de um ano: “Gostaria que estivéssemos a discutir não os efeitos da pandemia, da falta de segurança que o mundo hoje atravessa, mas de que forma é que um destino com as características do Centro de Portugal já é a primeira escolha óbvia dos portugueses e como é que ele está cada vez mais a entrar no mindset da esmagadora maioria entre os 28 mercados internacionais com que Portugal está a trabalhar.”

PUB

Mais Artigos