A ação de sensibilização subordinada ao tema “Como atrair e reter talentos na Restauração” promovida pela AHRESP, em parceria com a associação Figueira com Sabor a Mar, reuniu esta quinta-feira, na Escola Profissional da Figueira da Foz (EPFF), empresários, formandos do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, alunos da EPFF e representantes das entidades parceiras do evento num debate profícuo sobre a falta de mão-de-obra e os desafios para a captar e reter.
A sessão de abertura foi apresentada por Mário Esteves, presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar e delegado da AHRESP de Coimbra, e por Jorge Loureiro, representante da Turismo Centro de Portugal e vice-presidente da AHRESP.
Mário Esteves alertou para a necessidade de uma “formação qualificada” que valorize e potencie ainda mais a restauração, enquanto Jorge Loureiro, aproveitando o local do evento, evidenciou que “a cidade da Figueira da Foz tem de ser trabalhada do ponto de vista dos novos consumidores, que estão disponíveis para pagar bons serviços”.
Reconhecendo que o turismo continua a ser das atividades mais afetadas pela falta de mão-de-obra, Jorge Loureiro, reforçou a importância do trabalho que a AHRESP tem feito através da contratação coletiva, no sentido manter sempre atualizadas as tabelas salariais que resultam de acordos com os sindicatos.
Como oradores participaram Luís Patrão, chef das seleções nacionais de futebol, Luís de Matos, formador de Restaurante-Bar da Escola Profissional da Figueira da Foz (EPFF-INTEP), Luís Lavrador, doutor em Turismo, Lazer e Cultura, Teresa Mota, diretora de Recursos Humanos do Casino, e Valdemar Onofre, chef formador do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Luís Patrão, que fez o curso de Cozinha e Pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, evidenciou as mais-valias de uma boa formação e, sobretudo, a importância de pôr em prática as aprendizagens, “com muito treino” para se enriquecer a experiência. Por seu lado, Luís de Matos revelou que 90 a 100 por cento dos seus alunos de Cozinha, que estão a acabar o estágio, vão permanecer na área, mas que nem sempre foi assim. Luís Lavrador também destacou que a formação é essencial na dignificação das profissões, lembrando que “um funcionário formado é mais competitivo, mais eficaz e mais eficiente”. Na sua intervenção, Teresa Mota frisou que a gestão de expetativas envolve um processo, nem sempre fácil, através do qual os interessados têm de se comprometer para construir carreira e atingir sucesso. Por fim, Valdemar Onofre deixou a mensagem: “Para se ser cozinheiro é necessário ter paixão, dedicação e… tempo”.
Além da AHRESP, a iniciativa teve como parceiros a ACIF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, a EPFF – Escola Profissional da Figueira da Foz, o IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional da Figueira da Foz e empresários locais. A ação teve o apoio das Caves Aliança e Silva Tomé Irmãos, Lda.