De acordo com as recentes estimativas rápidas do Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas de residentes em Portugal totalizaram 1,4 milhões (+3,1% face a fevereiro 2023), invertendo a trajetória do decréscimo do mês anterior (-3% em janeiro). Já as dormidas de não residentes que alcançaram o valor de 2,9 milhões em fevereiro registaram um crescimento de 8,1% face a igual período de 2023.
Quanto à presença de turistas estrangeiros, o mercado britânico foi o principal emissor em fevereiro (quota de 17%), com um crescimento de 9,4%, seguido da Alemanha (11,4%) com um aumento anual de 8,5%. Espanha e França, outros dois dos principais mercados emissores para Portugal, destacaram-se pela negativa pelo decréscimo de dormidas na ordem de 6,8% e 13,3%, respetivamente.
Polónia (+26%), Irlanda (+24%), Canadá (+23%) e Estados Unidos (+19%) destacaram-se pelo seu expressivo crescimento, apesar de terem menor representatividade nas dormidas nacionais. A presença destes turistas evidencia a tendência para a diversificação de nacionalidades no turismo nacional.
Em relação à dinâmica e crescimento da procura por região, todas as regiões registaram mais dormidas, com maior expressão no Oeste e Vale do Tejo (+17%) e na Região Autónoma dos Açores (+14%). Por outro lado, o Alentejo (+1,5%) e o Centro (+1,7%) são as regiões com os crescimentos mais modestos.
Mais se adianta que, relativamente à representatividade das dormidas, as regiões que concentraram maior número de dormidas neste período em análise foram a Grande Lisboa (29%), o Algarve (19%) e o Norte (18%).
A complementar os dados do INE, o Banco de Portugal divulgou o indicador preliminar das viagens e turismo que aponta para um crescimento das despesas de turistas estrangeiros em Portugal de 14,6% (1.396,71 milhões €) em fevereiro face a igual período de 2023, após uma variação de 11% em janeiro.
Face a estes resultados promissores e, apesar de alguma incerteza quanto à evolução da atividade turística a nível mundial nos próximos meses, é essencial responder às necessidades dos empresários no que respeita aos processos de novas contratações, formação e manutenção dos postos de trabalho, decorrentes da evolução da atividade e da necessidade de se manter os padrões de qualidade dos serviços prestados.