Os últimos dados da atividade turística, divulgados pelo INE, revelam que nos dois primeiros meses do ano os proveitos totais ascenderam aos 506,7 milhões de euros – um crescimento de 11% face a igual período de 2023. Também os proveitos relativos a aposento evoluíram favoravelmente (+10,8% face a igual período de 2023), ultrapassando o valor de 367,5 milhões de euros.
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos totais, com os maiores aumentos a ocorrerem no Oeste e Vale do Tejo (+29%) e na Grande Lisboa (+12%), destacando-se que esta última foi efetivamente a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (com uma quota de 36% de proveitos totais). Em seguida, como as regiões mais representativas, posicionam-se o Norte (16,4% de quota), Madeira (15,9% de quota) e Algarve (14,2%).
Desta forma, em todos os segmentos de alojamento foi evidenciado um crescimento dos proveitos totais nos dois primeiros meses do ano, com um crescimento mais favorável no segmento Turismo no Espaço Rural e de Habitação (+19,5% face a 2023). Por sua vez, a Hotelaria regista um aumento de 11% e o Alojamento Local de 8,9% face a 2023, respetivamente.
A par desta evolução dos proveitos totais por segmento de alojamento, importa ressalvar que em termos de quota de mercado, o segmento da Hotelaria é o mais representativo (88%), seguido pelo Alojamento Local (9%) e Turismo no Espaço Rural e de Habitação (3%).
Estes ganhos provêm da tendência de crescimento da procura turística evidenciada neste início de ano (acumulado janeiro a fevereiro), em que foram atingidas 7,7 milhões de dormidas, um aumento de 3,3% (+0,3% nos residentes e +4,9% nos não residentes), face a igual período de 2023.
Os mercados internacionais com maior crescimento até fevereiro foram Polónia (+26%), Canadá e Irlanda (+21%). Apesar da menor representatividade destas nacionalidades nas dormidas nacionais (entre 2,5% e 3,5% de quota de mercado), é crescente esta tendência para a diversificação de nacionalidades no turismo nacional.
Por outro lado, a mostrar uma evolução negativa, até fevereiro, estiveram Espanha (-10%) e França (-9%), dois dos principais mercados emissores para Portugal. Enquanto o Reino Unido (+8%) e a Alemanha (+4%) mantiveram um crescimento nos dois primeiros meses deste ano face a igual período de 2023.