Congresso AHRESP 2024 | Apresentação do Barómetro da restauração e similares

Out 16, 2024

Ana Paula Barbosa, Diretora de Serviços de Retalho da NIELSENIQ Portugal, participou na sessão Estado de Arte da Restauração em Portugal, onde apresentou os primeiros números do Barómetro da Restauração e Similares. De acordo com a NielsenIQ, 80% dos empresários apontam a diminuição do poder de compra como o principal motivo para as quebras de consumo

Barómetro da restauração e similares

Ana Paula Barbosa, Diretora de Serviços para o Retalho da Nielsen IQ, revelou os primeiros números do Barómetro da Restauração e Similares, realizado em parceria com a AHRESP. De acordo com o estudo, as dificuldades no recrutamento e a contração do negócio são preocupações, com 1 em cada 3 inquiridos a responder que perceciona que o seu negócio decresceu nos dois primeiros trimestres de 2024.

Cerca de 36% afirma ter sentido quebras no consumo durante este período de tempo, o que pode justificar a percentagem de 42% de inquiridos que se diz pouco confiantes relativamente aos próximos 6 meses. Mais de metade (52%) perceciona que o volume de negócios do setor está a decrescer. Menor poder de compra (80%) é a principal razão apresentada como potencial motivo para as quebras de consumo. Apenas 22,1% dos clientes habituais são turistas e existe a perceção de que as quebras de negócio foram maioritariamente à semana e ao almoço.

A falta de formação ou experiência (66%) é a principal dificuldade sentida no recrutamento de pessoas para trabalhar no setor, seguindo-se a burocracia necessária (24%), os problemas de comunicação (língua portuguesa) e a pouca oferta ou falta de pessoas interessadas.

Mais de metade (59%) têm trabalhadores estrangeiros, sendo a nacionalidade brasileira a predominante (79%). As questões de mão de obra são um desafio para o canal HORECA – 1 em cada 3 inquiridos diz que precisa de contratar mais trabalhadores, em média cerca de duas pessoas, principalmente para servir à mesa ou balcão, mas também para a cozinha.

A temática dos impostos e tributação (48%) é o que mais preocupa os entrevistados nos próximos 6 meses. Estes resultados dizem respeito à primeira vaga (1º e 2º trimestre 2024). O estudo foi elaborado com base num inquérito online realizado durante os meses de agosto e setembro.

 

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