De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o setor do alojamento turístico em Portugal mantém uma trajetória de crescimento nos primeiros cinco meses de 2025, com um aumento relevante no número de hóspedes, dormidas e proveitos.
Entre janeiro e maio, os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais acolheram 11,7 milhões de hóspedes (+3,9% face ao mesmo período de 2024) e registaram 28,3 milhões de dormidas (+2,3%). Este desempenho teve maior contributo do mercado nacional, com um crescimento de 6,1% nas dormidas, contrastando com a subida mais moderada de 0,7% do mercado internacional.
Apesar disso, o turismo internacional continua a representar a maior fatia das dormidas totais (71%), com destaque para o crescimento dos Estados Unidos da América (+4,2%), que se mantêm como o 3.º principal mercado emissor, representando 9,1% da quota total. Entre os principais mercados emissores, verificaram-se quebras nas dormidas até maio, face ao mesmo período de 2024:
- Reino Unido (-0,2%)
- Alemanha (-2,6%)
- Espanha (-5%)
- França (-8,3%)
As regiões nacionais de maior crescimento nas dormidas foram: Região Autónoma dos Açores (+7,8%), Península de Setúbal (+7,3%), Norte (+6%), Região Autónoma da Madeira (+4,7%) e Centro (+4,4%). Paralelamente, os proveitos totais do setor ascenderam a 2,2 mil milhões de euros (+7,9%), dos quais 1,7 mil milhões dizem respeito a proveitos de aposento (+8%), refletindo uma tendência de crescimento sustentado não apenas na procura, mas também no valor gerado pela atividade turística.
A adicionar a estes dados, e de acordo com o Banco de Portugal, foram atingidos 9,8 mil milhões de euros de receitas turísticas internacionais até maio (+5,6% face a igual período de 2024), o que demonstra uma trajetória de contínuo crescimento e desempenho operacional do setor, por via dos gastos dos turistas internacionais.
Este desempenho positivo evidencia, mais uma vez, o papel central do turismo — e das empresas que o sustentam — na dinamização económica e territorial do país. A valorização do mercado interno, aliada à manutenção da atratividade internacional, mostra-se essencial para o equilíbrio e crescimento sustentável de toda a cadeia de valor.