Proveitos na atividade turística aumentaram 21,3% face a 2019
De acordo com os dados da atividade turística do INE, os proveitos totais aumentaram 70,3% para 608,2 milhões de euros e os proveitos de aposento atingiram 469,2 milhões de euros, refletindo um crescimento de 74,5%. Comparando com setembro de 2019, registaram-se aumentos de 21,3% e 22,5%, nos proveitos totais e de aposento, respetivamente. Relativamente ao 3º trimestre de 2022, os proveitos totais aumentaram 78,1% (+24,4% face ao 3ºT 2019) e os relativos a aposento aumentaram 81,2% (+25,2% comparando com o 3ºT 2019). Destaca-se ainda que, considerando o período de janeiro-setembro de 2022, os crescimentos expressivos mantêm-se, onde os proveitos totais cresceram 143,0% e os de aposento aumentaram 144,1%, sendo que, quando comparado com igual período de 2019, os aumentos são na ordem de 14,3% e 15,4%, respetivamente.
O movimento de passageiros, em setembro 2022, foi ligeiramente inferior ao registado no mesmo mês de 2019
Nos dados relativos à atividade dos transportes, os aeroportos nacionais movimentaram 5,9 milhões de passageiros, em setembro de 2022, +63,1% face ao período homólogo. Já na comparação com setembro de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 1,0%, correspondendo à menor diferença face aos níveis pré-pandemia. Se considerarmos o desembarque médio diário, em setembro de 2022, registou-se 97,2 mil passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais, aproximando-se do valor observado em setembro de 2019 (98,3 mil). Importa ainda salientar que no acumulado a setembro de 2022, o número de passageiros movimentados aumentou 171,5% em comparação com o período homólogo de 2021 (-8,2% face a igual período de 2019). O Reino Unido foi o principal país de origem e de destino de voos, com um crescimento de 326,8% dos passageiros desembarcados e 338,4% dos passageiros embarcados, em grande parte justificado pelo facto do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido ter permanecido encerrado no mesmo período em 2021.
Volume de negócios dos serviços desacelerou para 21,8% em setembro de 2022
O índice de volume de negócios nos serviços registou uma variação homóloga nominal de 25,0% em agosto para 21,8% em setembro de 2022, um abrandamento de 3,2 pontos percentuais. No caso específico das atividades do alojamento, restauração e similares, o índice do volume de negócios aumentou 32,1% em setembro de 2022 (38,0% no período anterior) tendo contribuído com 2,5 p.p. para a variação do índice. Ainda assim, em comparação com agosto de 2022, verificou-se uma desaceleração de 11,4 p.p. no volume de negócios na restauração e similares (19,6% face a 31,0% em agosto), enquanto o alojamento cresceu 16,8 p.p. face a agosto (78,4% em setembro versus 61,6% em agosto).
A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 4,0% no 3º trimestre de 2022
Os dados estatísticos do Emprego do INE indicam que a remuneração bruta total mensal média por trabalhador, aumentou 4,0% (1 353 euros) no 3º trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2021. Já em termos reais, tendo como referência a variação do índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%. Em relação a setembro de 2021, a secção do Alojamento, Restauração e Similares (secção I da CAE-Rev. 3), situou-se entre as 4 secções com taxa de variação homóloga da remuneração bruta mensal média mais elevada, situando-se nos 6,2%, a seguir às atividades da Educação (7,1%); atividades de Consultoria, Científicas, Técnicas e similares (6,8%); e atividades de Informação e Comunicação (6,4%). No contexto desta análise, foram também alvo dos maiores aumentos da remuneração total, as empresas de 1 a 4 trabalhadores (6,6%) e no setor privado (4,9%).
Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 10,1%
Ainda de acordo o INE, em outubro de 2022, a variação homóloga do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 10,1%, superior em 0,8 pontos percentuais (p.p.) face à de setembro, mantendo-se como a mais alta dos últimos 30 anos. A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 27,6% (22,2% em setembro) e o índice relativo aos produtos alimentares não transformados acelerou para 18,9% (16,9% em setembro). O Índice Harmonizado de Preços no consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 10,6%, superior em 0,8 p.p. à do mês anterior e ligeiramente inferior (em 0,1 p.p.) ao valor estimado pelo Eurostat para a área Euro). Já, excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal alcançou uma variação homóloga de 8,0% em outubro (7,9% em setembro), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 6,4%), mantendo a tendência ascendente dos últimos meses.
