Inflação na Restauração e Similares abrandou para 6,3% em fevereiro

Mar 14, 2024

Apesar do cenário de desaceleração da inflação, a AHRESP alerta para o facto de as empresas continuarem a enfrentar elevados custos de produção, agravados pelo aumento dos preços relativos à eletricidade, cuja variação aumentou de 14,8% em janeiro de 2024 para 18,3% em fevereiro

No mês de fevereiro a classe “Restaurantes, Cafés e Estabelecimentos Similares” registou uma inflação de 6,3%, ligeiramente inferior à registada no mês anterior (6,6%), de acordo com os dados mais recentes do Índice de Preços no Consumidor (IPC), divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

A mesma tendência de desaceleração verificou-se na classe “Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas”, que passou de uma inflação de 2,7% em janeiro de 2024 para 0,8% em fevereiro.

Quanto à inflação global em Portugal foi de 2,1% em fevereiro, praticamente idêntica à do mês anterior (2,3% em janeiro de 2024) e seguindo um comportamento sem grandes oscilações e em linha com a meta do Banco Central Europeu para a inflação a médio prazo na zona Euro (inflação de 2,3% em 2024 e 2% em 2025).

Não obstante a desaceleração da inflação, a AHRESP alerta para o facto de as empresas continuarem a enfrentar elevados custos de produção, agravados pelo aumento dos preços relativos à eletricidade, cuja variação aumentou de 14,8% em janeiro de 2024 para 18,3% em fevereiro.

As elevadas despesas com a eletricidade têm, naturalmente, impacto direto na operação das empresas da restauração e similares e do alojamento turístico. Porém, mesmo neste cenário menos favorável, os estabelecimentos mantêm o esforço para não aumentar os preços de venda ao cliente em prejuízo das suas tesourarias.

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