O Governo irá apresentar a proposta do OE2023 no próximo dia 10 de outubro, e a AHRESP considera que é essencial a inclusão de medidas ambiciosas e significativas para as empresas e para as famílias, de forma a minimizar o impacto da inflação e do aumento dos custos da energia e dos combustíveis.
Conforme a AHRESP tem vindo a alertar desde há muito tempo, não obstante o pico da atividade nos meses de verão, as margens de negócio estão completamente esmagadas, conforme confirmou o INE nos dados relativos à inflação de agosto.
Os custos energéticos aumentaram 24% e os produtos alimentares 15,4%, enquanto na restauração e similares os preços aumentaram 4.5%. Este facto revela que a grande maioria das empresas optou por absorver uma parte desse aumento de custos para não lesar em demasia os seus clientes, pelo que as margens estão no seu limite.
É por isso imperioso que se proteja, não só o poder de compra dos consumidores, mas também a tesouraria das empresas, em particular as da restauração, bebidas e do alojamento turístico, que ainda não retomaram os níveis pré-pandemia, e são agora sujeitas a um novo contexto de adversidade económica e financeira.
O OE2023 deverá ser um instrumento determinante na defesa das atividades económicas do Canal HORECA, pois só assim será possível garantir que o contributo dado pelo Turismo para a recuperação económica pós-pandemia não tenha sido em vão, assegurando-se a sustentabilidade dos negócios e a manutenção dos postos de trabalho.
Perante este contexto, a AHRESP apresentou ao Governo as suas propostas para o OE2023, centradas em cinco eixos estratégicos – fiscalidade, capitalização das empresas, incentivo ao consumo, apoio ao investimento e qualificação e dignificação do emprego, num total de 25 medidas prioritárias para salvaguardar as empresas e contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa.
Dessas medidas destacamos: