Nada deve ser dado por adquirido | Opinião de Ana Jacinto no Diário de Notícias

Ago 10, 2022

Ana Jacinto, Secretária-geral da AHRESP, escreve sobre a urgência de medidas robustas às empresas de restauração e similares e do alojamento turístico, para fazer face ao clima recessivo, antecipando a época baixa que pode trazer dificuldades adicionais ao funcionamento dos negócios

Ana Jacinto (Secretária-geral da AHRESP) | © Nuno Martinho

A Secretária-geral da AHRESP escreveu um artigo de opinião no Diário de Notícias de dia 10 de agosto, onde pode ser lido o texto completo:“Nada deve ser dado por adquirido”.

“[… ]Isto quer dizer que os preços continuam a escalar, com o topo do pódio a ser ocupado pelos produtos energéticos (combustíveis, gás e eletricidade), seguindo-se os produtos alimentares.

São duas categorias de produtos absolutamente essenciais para as empresas do Alojamento e da Restauração, o que tem feito com que os custos aumentem e as margens diminuam, ao que se junta a queda da procura por via da redução do poder de compra. As empresas estão ainda numa fase em que tentam não repercutir todo este acréscimo no seu preço de venda, mas é uma situação que se pode tornar insustentável a curto prazo.

A acrescer ao rol de dificuldades está o aumento das taxas de juro, o que é particularmente difícil para o tecido empresarial português que, como é sabido, está bastante dependente de capitais alheios. Situação ainda reforçada pelo período recessivo da pandemia.

[… ] Há exemplos lá fora, e dos bons, que podem ser seguidos pelo nosso país. Urgem medidas robustas, adequadas, que cheguem a todas as empresas de forma ágil e em tempo, para que sejam defendidas e se promova a sua competitividade. Não podemos continuar iludidos e a pensar que esta situação inflacionista é passageira. A situação é muito preocupante e não se resolve com medidas insuficientes e ‘insípidas’.”

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