TSF | OE2026 “muito aquém” do esperado: AHRESP insiste em medidas cruciais para as empresas

Out 20, 2020

Em entrevista ao programa 'Negócios em Português', da TSF, a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, justifica a importância das 30 medidas apresentadas pela associação serem acolhidas no diploma final do OE2026. “Precisamos de um orçamento que olhe verdadeiramente para as empresas, que as ajude a respirar e a crescer”, afirmou

Entrevista de Ana Jacinto à TSF, no programa “Negócios em Português” ⤵️

A secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, manifestou à rádio TSF que a proposta de Orçamento do Estado para 2026 “fica muito aquém daquilo que era esperado, desejado e necessário” para os setores da restauração e do alojamento turístico.

Apesar de reconhecer “sinais positivos” na redução da carga fiscal, Ana Jacinto sublinha que o Governo “deveria ter sido muito mais ambicioso”. “As empresas estão extremamente sufocadas e asfixiadas. Sem medidas estruturais, muitas não terão capacidade para manter as portas abertas”, alertou.

Ana Jacinto recorda que a AHRESP apresentou 30 propostas durante a preparação do OE2026. A verdade é que os números positivos do crescimento do turismo não têm um eco uniforme.  O tecido empresarial dos setores representados pela AHRESP é, maioritariamente, constituído por microempresas ainda afetadas por empréstimos da pandemia, pela inflação e pelo aumento dos custos operacionais. São negócios que querem valorizar o salário dos seus trabalhadores, mas que não têm margem para o fazer.

Não queremos que o Estado ande a subsidiar empresas: queremos é ter condições para que as empresas possam produzir riqueza e possam redistribuí-la.

Entre as medidas que deveriam ter sido acolhidas, a associação destaca a uniformização do IVA à taxa intermédia para todas as bebidas, a redução da carga fiscal e contributiva, a adoção de um prémio de valorização salarial, que permitiria às empresas aumentar salários acima dos mínimos obrigatórios, com isenção de contribuições fiscais e contributivas, a isenção de IRS e TSU nos apoios concedidos pelas empresas aos trabalhadores para pagamento de rendas. a secretária-geral afirma que o orçamento “não garante praticamente nada. Esperamos que estas matérias ainda venham a ser tratadas, porque as empresas precisam urgentemente desse apoio.”

Ana Jacinto conclui que a missão da AHRESP, que não governa, é “influenciar, explicar e apresentar as propostas mais eficazes, sempre em diálogo permanente e construtivo”.

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