De acordo com o último relatório trimestral da ETC, o turismo Europeu enfrentou com sucesso o desafiante verão de 2022, mas atravessa agora um momento de grande incerteza, que se prevê manter em 2023, por força do agravamento da inflação e da escassez de pessoal ao serviço, ameaçando a recuperação do setor.
A guerra prolongada na Ucrânia e as restrições de viagem para turistas russos em toda a Europa irão contribuir igualmente para este atraso na recuperação na Europa Oriental. Face a este contexto, prevê-se que os viajantes irão preferir viagens de curta distância e mais económicas, já que as famílias e, o consumidor em geral, vêm-se confrontados com menos rendimento disponível.
Em setembro de 2022, grandes mercados emissores evidenciaram níveis de confiança mais baixos, como sejam a França, Reino Unido e a Alemanha. Apesar disso, outros fatores ajudam a manter a atividade e a esperança na recuperação do setor, como seja a força do dólar americano, que valorizou cerca de 20% em relação ao euro no ano passado, e que tem impulsionado as viagens de turistas americanos para muitos destinos europeus, inclusive para Portugal.
A ETC destaca que vários países europeus superaram a procura de viagens de 2019, destacando-se Portugal (+17%) que vem em seguida da Turquia (+61%), este último como destino com maior recuperação.