Um dos produtos de matriz portuguesa é o pão. Em tom de resumo do que mais importa neste alimento que protagonizou o evento de celebração do Dia da Gastronomia | Património Cultural, a 26 de julho, no Convento de Mafra, Vítor Sobral, Chef e vice-presidente da AHRESP, alerta para quatro pontos a ter em atenção sobre a gastronomia portuguesa no geral, e o pão em particular:
“Não podemos querer ter uma boa gastronomia sem pensarmos, primeiro, no público em geral, que tem de perceber o que é um bom produto; segundo, tomar conta dos produtores de cereais, dos pescadores e de toda a cadeia alimentar, de forma a que se sintam recompensados pelo esforço que fazem; terceiro, o papel do poder local na valorização de todos os atores que participam na cadeia alimentar; por último, nós, AHRESP, temos a responsabilidade de valorizar todos os profissionais, sobretudo os técnicos que têm a responsabilidade de transformar a matéria-prima, nomeadamente o cozinheiro, o pasteleiro, o padeiro, o empregado de balcão, o empregado de mesa, o barman e quem no fundo faz toda a gestão do cliente. Essa é a nossa obrigação como Associação, que é valorizarmos quem faz o serviço. Temos de tomar conta da nossa matriz cultural e da nossa economia.”