No painel que reuniu Carlos Moura, presidente da AHRESP, Bernardo Trindade, presidente da AHP, e Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, moderado por Mafalda Anjos, foram debatidos os NOVOS IMPACTOS DO CRESCIMENTO DO TURISMO | TAXA TURÍSTICA.
A posição da AHRESP nesta matéria é conhecida e Carlos Moura reafirmou-a: “A Taxa Turística não é necessária. Há evidências de que traz mais custos do que benefícios”. Acrescentou, ainda, que a Taxa Turística (TT) não é bem conhecida, existindo inúmeras variantes na sua aplicação, nomeadamente, por número de noites, por época do ano, ou por preço, num intervalo entre um e quatro euros. “É uma situação desregulada que carece urgentemente de um regulamento uniforme para o país”, justifica.
Sendo incontornável a atual implementação da TT em 38 municípios, o presidente da AHRESP reforçou a disponibilidade da associação para contribuir para a regulamentação desta matéria, realçando que é de extrema importância gizar um modelo de gestão da taxa que inclua os representantes dos agentes económicos, com poder de decisão quanto ao investimento das receitas, privilegiando-se a melhoria geral da qualidade de vida dos residentes das comunidades onde é cobrada, contribuindo para um Turismo responsável, sustentável e regenerativo.
Neste sentido, Carlos Moura defendeu ainda que a TT deve ser aplicada não só em investimentos que melhorem a atratividade turística do destino, mas também em projetos que beneficiem a população local, seguindo uma tendência de Turismo regenerativo, através de investimentos, por exemplo, na iluminação pública, na limpeza urbana, na mobilidade ou na segurança pública, contribuindo efetivamente para o bem-estar da comunidade local e também de quem nos visita.