DIÁRIO DE NOTÍCIAS | Opinião de Ana Jacinto “Turismo: a rota certa num país em contramão”

Abr 9, 2025

Apesar da instabilidade política que marca o país, o Turismo tem-se afirmado como uma das atividades mais sólidas da economia portuguesa, graças à continuidade estratégica que atravessa ciclos governativos. A reflexão da secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, no espaço de opinião regular do Diário de Notícias

Leia na íntegra o artigo de Opinião de Ana Jacinto na página do Diário de Notícias

Em artigo de opinião publicado esta terça-feira no Diário de Notícias, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, defende que o sucesso da atividade turística em Portugal está diretamente ligado à “visão de longo prazo e à estabilidade das políticas públicas. Apesar das mudanças de cor política, houve um fio condutor  para o Turismo, uma espécie de pacto implícito que nos diz: o que está bem, não se muda, o que está feito, não se estraga”, que permitiram confiança e investimento por parte dos empresários.

“Portugal é hoje um destino valorizado e respeitado internacionalmente. Isso só aconteceu porque houve planeamento, não improviso”, afirma Ana Jacinto, sublinhando que o Turismo tem crescido “não só em volume, mas sobretudo em valor”, através da aposta em mercados com maior poder de compra e em produtos diferenciadores como o enoturismo, a gastronomia ou o património cultural.

Para a responsável, o contexto atual de incerteza política — com sucessivos ciclos eleitorais — tem travado o desenvolvimento de muitos outros setores da economia. “As empresas não investem no vazio. Hesitam. Adiam. Esperam para saber com que regras vão jogar”, escreve.

Ana Jacinto rejeita ainda a ideia de que o Turismo seja culpado pelos problemas sociais e urbanos que se fazem sentir nas zonas de maior pressão. “O turismo não é o vilão. O problema não é termos muitos turistas. A resposta está na gestão do território, na diversificação dos fluxos e no reforço dos serviços públicos”, afirma.

E conclui: “O que falta a Portugal não é menos Turismo — é mais estabilidade para que outras atividades possam também prosperar. O Turismo mostrou-nos o caminho. Agora é tempo de o seguir”.

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