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Mais do que um encontro entre empresários, o Restaurante ao Vivo foi uma imersão total no universo da restauração — da cozinha à gestão, dos fornecedores aos empresários — colocando em palco as pessoas, as histórias e os produtos que dão vida ao setor. Ao longo do dia, sucederam-se demonstrações gastronómicas ao vivo, degustações de pratos preparados no momento, conversas cruzadas entre tradição e inovação, e oportunidades únicas de networking.
O presidente da AHRESP, Carlos Moura, sublinhou que a iniciativa tem três grandes propósitos: “Em primeiro lugar, enaltecer a gastronomia portuguesa. Em segundo lugar, valorizar o território – hoje com o foco no distrito de Setúbal e em Sesimbra -, e, em terceiro, homenagear os profissionais. Muitas vezes esquecemos que, por trás de cada refeição, há horas de trabalho, dedicação e criatividade. O Restaurante ao Vivo é também um palco para mostrar esse esforço e a renovação que o setor tem vivido.”
No entanto, não deixou de sublinhar que há desafios urgentes para que essa vitalidade possa ter futuro. “A pesada carga fiscal e contributiva retira às empresas margem para aumentarem ainda mais os salários. Quando um empresário faz um esforço para valorizar os trabalhadores, a Segurança Social recolhe 35% desse aumento, o que não é justo e tem de mudar. As empresas querem pagar melhor, mas precisam de condições.”
O presidente da AHRESP lembrou ainda que o acesso aos apoios públicos continua a falhar: “Fala-se muito em milhões do PRR e do Portugal 2030, mas o dinheiro não chega à economia real. Em Portugal, 98% do tecido empresarial são micro e nano-empresas, mas são estas que ficam de fora. O nosso apelo é simples: é preciso que os fundos cheguem aos empresários que mais geram emprego local.”
O evento conquistou Sesimbra desde o primeiro minuto. O presidente da autarquia, Francisco Jesus, destacou a relevância da gastronomia na estratégia de desenvolvimento do concelho: “Agradecemos muito aquilo que foi hoje a presença da AHRESP com este Restaurante ao Vivo, uma parceria com o município de Sesimbra. É uma celebração da gastronomia, que envolveu inúmeros chefes de toda a região e que valoriza aquilo que temos de melhor em Sesimbra. A gastronomia faz parte da nossa estratégia para o turismo, para a valorização do território e da nossa identidade.”
Também a presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Carla Salsinha, reforçou o papel da restauração no sucesso turístico da região: “O turista, seja nacional ou internacional, só procura uma região com base em duas áreas essenciais: a hotelaria e a restauração. A nossa restauração é uma das melhores da Europa e do mundo, e o Restaurante ao Vivo vem dar-lhe a projeção que merece.”
A dimensão local foi igualmente valorizada. Para Susana Brites, vice-presidente da AHRESP e gestora do Bairro Digital de Sesimbra, que resulta de uma candidatura da autarquia, em consórcio com AHRESP, ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o evento foi um momento de encontro e partilha: “Foi um gosto receber em Sesimbra todos os profissionais da restauração, inclusive desta vila tão fantástica e típica, que vieram dignificar não só os seus restaurantes, mas também os produtos locais — dos vegetais ao queijo e ao vinho. Este grande evento de promoção mostra bem o que o setor tem de melhor.”
Já Daniel Piedade, presidente da Delegação da AHRESP em Setúbal e proprietário do restaurante O Canhão, deixou uma nota prática para todos os empresários: “É essencial conhecer diretamente o cliente. O contacto próximo permite resolver problemas e reforçar a confiança. Eventos como este ajudam a consolidar essa cultura de proximidade e de partilha.”
Com um programa dinâmico, o Restaurante ao Vivo voltou a mostrar porque é uma iniciativa incontornável no calendário da AHRESP: uma montra viva da vitalidade, da inovação e da resiliência da restauração portuguesa.
A iniciativa contou com o patrocínio de Nestlé Profissional, Sumol Compal, Bom Sucesso, Fagor, Robalo e Viborel e com o apoio dos restaurantes 100 Peneiras e O Canhão, assim como do Agrupamento de Escolas de Sampaio.