No dia 27 de maio, a AHRESP fechou o ciclo de conferências dedicadas à digitalização dos setores HORECA, que teve início no dia 11 com o hotel 4.0 Portugal Summit e fechou com a conferência Transição Digital: Digitalizar sem desumanizar, no Fórum Picoas, em Lisboa, cujas conclusões já foram divulgadas pelo Magazine de Negócios AHRESP.
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- De que forma podem as empresas aumentar a sua eficiência, melhorar a experiência do cliente, a qualidade do serviço, e ainda ter uma maior rentabilidade?
- Que soluções existem no mercado e quais são as inovações que não se podem perder?
- Que resultados efetivos podem as empresas de Turismo retirar da implementação de novas soluções tecnológicas?
- Quais são os maiores problemas relacionados com a cibersegurança?
- As plataformas de entrega digital vieram para ficar?
- Sendo o Turismo uma atividade de pessoas para pessoas, como se pode transformar digitalmente as empresas sem perder a humanidade?
Esta foram algumas das questões respondidas ao longo do dia de trabalhos, que pode ver na íntegra AQUI, que reuniu diversos players do turismo em três painéis – Digitalização na Gestão, Delivery e Digitalização na Experiência (Cliente) – e também com intervenções dedicadas ao tema da Cibersegurança. Na forma de pitch foram também apresentadas soluções tecnológicas dirigidas aos setores de restauração e similares e alojamento turístico.
O Magazine de Negócios AHRESP destaca algumas citações dos intervenientes.
“A pandemia acelerou a transição tecnológica da indústria das viagens, pela necessidade de responder ao que os clientes começaram a procurar – experiências mais personalizadas e digitalizadas. Mas esta mudança de paradigma não será uma revolução, mas sim uma evolução tranquila: as novas tendências tecnológicas estão a moldar o turismo, mas sendo uma atividade de pessoas para pessoas a vertente humana será sempre central. Vivemos um momento positivo no turismo, há bons índices de retoma, mas há condicionalismos que têm de ser resolvidos: é necessário que as ajudas públicas saiam do papel e cheguem à economia real, nomeadamente às empresas”
“A tecnologia e a digitalização são um extraordinário meio, mas nunca um fim: são grandes aliados para pôr em marcha tudo o que não tem valor acrescentado, para que possamos guardar as pessoas para funções que necessitem delas e que nos transformam num dos melhores destinos do mundo. Neste mês quisemos partilhar com todos o trabalho que tem sido feito junto dos vários protagonistas, naquilo que para nós é o mais importante: fazer pontes entre empresários e soluções tecnológicas”
“É notável a resposta eficaz à pressão da digitalização acelerada que fomos forçados a viver. O Digital permite encurtar distâncias, reduzir custos de bens e serviços e conduz a escolhas de consumo mais conscientes. Durante os dois anos de pandemia, o setor do turismo e da restauração foi pioneiro no recurso a soluções tecnológicas que transformaram profundamente a relação com os clientes. Os clientes passaram a fazer as suas reservas online, trocaram as idas ao restaurante por APP’s de entrega ao domicílio e as ementas dos restaurantes foram substituídas por QR codes. É notável a resposta eficaz à pressão da digitalização acelerada que fomos forçados a viver. Mas temos desafios pela frente: a aposta na qualidade, formação, condições trabalho no setor e adaptação a novas tendências, tudo isto num contexto de profunda aceleração digital que tornam mais relevantes temas como a cibersegurança, big data, inteligência artificial”
“A AHRESP tem sido aliada muito importante em vários projetos e parabenizo por esta pertinente iniciativa: Digitalizar sem desumanizar. No turismo cativamos pela nossa autenticidade e pela humanidade. A genuinidade deve manter-se, sem deixar de apostar na transformação e inovação”
“A transição digital para o conceito de hotel 4.0 Hotel 4.0 exige que vamos um bocadinho mais além: que pensemos em novos modelos de negócio, em vantagens competitivas, com o hóspede no centro no modelo de negócio, mas com a noção de que o hotel 4.0 é mais digital, mas também mais humano e mais sustentável. Deparamo-nos no nosso inquérito sobre o ‘estado da arte’, que muitas empresas não sabem por onde começar este processo. Somos inundados com tecnologia, com termos indecifráveis, mas não sabemos o que são, e como tirar partido e esta é a base do problema. O caminho é SENSIBILIZAR, CAPACITAR, ACELERAR E INOVAR: com recurso a boas práticas e exemplos de sucesso e CAPACITAR todos, das bases às lideranças, porque há empresários que estão a bloquear as estratégias de desenvolvimento porque não têm capacidade de as gerir. É necessário juntar e fortalecer o ecossistema e criar pontos de contacto. para que possamos ACELERAR E INOVAR neste percurso da transição digital”
“O Centro Nacional de Cibersegurança investe fortemente na sensibilização da sociedade porque uma das maiores lacunas que temos enquanto país é o facto de termos uma baixa literacia digital e quando usamos a tecnologia digital não o fazemos com segurança. É através da formação online, em formato de conferência, como a que hoje é promovida pela AHRESP, que podemos ir aprendendo e contribuir com conhecimento par a resiliência digital da nossa sociedade. Precisamos da tecnologia para trabalhar e para viver, mas não podemos deixar que seja a tecnologia a ditar a forma como trabalhamos e vivemos. É o ser humano que tem que liderar este processo. E para fazer isso, só há uma maneira: ter a humildade intelectual para admitir que não sabemos tudo sobre todas as coisas e temos que aprender sempre que tivermos oportunidade para tal. Neste contexto, as empresas têm uma enorme responsabilidade em garantir a capacitação dos seus trabalhadores para que possam tirar o melhor partido das tecnologias nos seus negócios”