Segundo a publicação “Custos de Contexto das Empresas”, do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021 o indicador global de custos de contexto para as empresas de alojamento e restauração, que agrega nove domínios, registou um valor de 3,13, numa escala de 1 a 5, inferior a 2017 (3,16), mas ainda assim superior à média nacional (3,09).
As empresas de pequena e média dimensão continuaram a apresentar o indicador global de custos de contexto mais elevado, 3,15 (+0,6 que em 2017), enquanto as de micro dimensão percecionaram níveis de custos de contexto mais baixos, mantendo o valor do indicador inalterado em relação a 2017 (2,94). Para a generalidade das atividades económicas, o sistema judicial voltou a ser identificado pelas empresas como o domínio que acarreta maiores custos de contexto à sua atividade, com um indicador de 3,61. Seguiram-se os licenciamentos e o sistema fiscal com indicadores de custos de contexto de 3,47 e 3,27, respetivamente.
No domínio no sistema fiscal, para o setor do alojamento e restauração, a carga fiscal (3,79) e as contribuições para a Segurança Social (3,67) foram as componentes consideradas pelas empresas como tendo criado maiores entraves à sua atividade.
Já no domínio do acesso ao financiamento, foram as empresas do alojamento e restauração as que evidenciaram mais dificuldades, apresentando o indicador de custos de contexto mais elevado (2,97, +0,04 que em 2017).
No conjunto dos custos associados ao cumprimento das obrigações de informação, a prestação e entrega de informação empresarial/fiscal representou cerca de 64,0% do custo médio anual por empresa nos setores do Alojamento e restauração.