Veja AQUI a sessão Que futuro para as acessibilidades em Portugal?
E a entrevista a Francisco Calheiros, Presidente da CTP, AQUI
Portugal foi considerado o “Melhor Destino Turístico da Europa”, na edição europeia dos World Travel Awards 2022, o quer acontece pela quinta vez nos últimos seis anos. Um dos maiores problemas do turismo em Portugal é a falta de decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa, quem o diz é Francisco Calheiros, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), e não o diz desde hoje, tem sido o seu discurso insistente e coerente nos últimos anos, porque Portugal é um país periférico onde 94% dos turistas chegam de avião.
Na Sessão Paralela 3, refletiu-se sobre a necessidade de criar estruturas de mobilidade que respondam às necessidades de quem nos visita, o caminho para que Portugal continue a ser um dos destinos preferidos a nível mundial. Sem estas infraestruturas de mobilidade e em especial de um novo aeroporto de Lisboa, o país corre o risco de começar a perder turistas para outros destinos.
“Segundo um estudo apresentado pela CTP a não decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa terá no mínimo um custo de 7 mil milhões de euros, menos 28 mil empregos e uma perda de receita fiscal de 2 mil milhões de euros“
“Falta uma política aérea nacional e não havendo uma política aérea nacional automaticamente a parte das infraestruturas está incluída e continuamos aqui sem decidir. Por este caminho pode acontecer o mesmo que aos nossos jovens que estão a sair de Portugal. É urgente haver um caminho”
“94% dos turistas que nos visitam vêm de avião. Nós somos um País periférico, é óbvio que temos que fazer uma ligação a Espanha, mas não nos podemos esquecer que 94% dos turistas vêm de avião. Qualquer iniciativa sobre acrescentos, obras e outras melhorias que sejam estruturais só podem ser feitas com a autorização do concessionário”
“Não podemos esquecer-nos que as acessibilidades aéreas não são só Lisboa e não o são há muito tempo. Temos também um grande problema na ferrovia, no curto prazo não sei se será o maior. Não temos uma ligação direta a Madrid. Do ponto de vista da sustentabilidade os voos de curta duração estão a ser atacados, já o estão a ser e há muitas ligações aéreas com muitos segmentos em que o último segmento é uma ligação ferroviária. Isto pode escalar muito rapidamente e nós estamos muito dependentes de voos curtos em mercados muito importantes para nós. Nos City breaks o aeroporto de Lisboa deve ser o aeroporto mais competitivo do mundo”