Açores no topo da lista dos “destinos mais subestimados” do mundo

Nov 8, 2022

Os Açores estão no topo da lista dos 10 destinos turísticos mais subvalorizados e com maior potencial de crescimento, revela um estudo apresentado na feira internacional World Travel Market (WTM), em Londres

O Relatório da Indústria 2022 do WTM, apresentado em Londres esta segunda-feira de Londres, revela que 14,5% dos inquiridos disseram que os Açores eram o destino mais subvalorizado do mundo, enquanto 14% optaram pelo Norte da Grécia.

Em julho de 2022, o número de passageiros que chegaram aos Açores atingiu o seu nível mais elevado em cinco anos, com 252.483 passageiros a aterrar nos aeroportos do arquipélago, tendo registado uma das mais altas taxas de crescimento entre as regiões do país, mais 52,3% do que em junho e um valor superior em 15,1% ao registado em julho de 2019, antes da pandemia da covid-19, segundo o Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA). O arquipélago português destaca-se pela “beleza natural e compromisso com a sustentabilidade”, referiu a diretora da WTM, Juliette Losardo, a propósito dos resultados do Relatório da Indústria 2022.

Preocupações para 2023

O Relatório da Indústria 2022 do WTM, que além de um questionário a 2010 profissionais, também inclui uma sondagem a 2 mil consumidores, identificou a crise do aumento do custo de vida como a principal preocupação para 2023, tanto por turistas (66%) como por profissionais do setor (44,8%).

O preço da gasolina foi citado em 13,4%, enquanto os preços da energia foram uma preocupação para um em cada dez inquiridos (9,6%). No seu conjunto, o custo de vida, os preços da gasolina e da energia, representam mais de dois terços dos inquiridos (67,8%).

A guerra na Ucrânia foi citada por pouco mais de um em cada dez (11,9%), enquanto outras questões foram mencionadas por menores proporções dos inquiridos – aumento das taxas de Covid (5,4%); caos em 2022 nos aeroportos (4,2%); alterações climáticas (2,3%); Brexit (1,9%); e reforço dos controlos fronteiriços (1,1%).

O inquérito reflete os avisos do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) sobre o ressurgimento global da indústria, que está em risco devido à conjuntura económica. Julia Simpson, Presidente e CEO do WTTC, insistiu na mensagem, afirmando que o aumento dos preços da energia, o custo de vida, a escassez de mão-de-obra, as restrições do espaço aéreo e as alterações climáticas “ameaçam a plena recuperação do nosso setor”.

Por seu turno, Juliette Losardo afirmou que “os apoios e ajudas dos governos em funções têm mitigado alguns problemas e trazem também alguma tranquilidade aos consumidores e às empresas, mas ainda enfrentamos um inverno sombrio, especialmente porque as empresas do turismo ainda não estão consolidadas após o impacto económico da pandemia.”

Fonte: WTM

PUB

Mais Artigos