A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) propôs a cobrança de uma taxa turística de dois euros por dormida nos 16 municípios do distrito de Faro. A proposta apresentada aos deputados municipais na última reunião da assembleia intermunicipal do ano, que decorreu em Loulé na segunda-feira, prevê também que o valor da taxa seja reduzido para metade na época baixa.
Atendendo ao atual contexto económico de elevada incerteza para as tesourarias das nossas empresas, a AHRESP considera prudente que não se aplique qualquer taxa turística ou que, no mínimo, como foi decidido por outros municípios, esta discussão seja adiada para um outro momento, em que se verifique uma conjuntura económica mais favorável.
O surgimento das taxas turísticas está diretamente relacionado com o crescimento exponencial do turismo que, como nos mostra a experiência passada, apresenta ciclos regulares de aumento, seguido de um decréscimo na procura dos destinos. Perspetivando-se um ano de 2023 dominado pela incerteza, esta é mais uma razão para que não se criem mais encargos para empresas e turistas.
Para a AHRESP é fator de preocupação, por um lado que a taxa turística paga pelo hóspede possa contribuir para uma menor procura de um determinado destino e, por outro, que essa taxa possa reduzir a margem do alojamento turístico se este absorver o custo.