De acordo com os dados da atividade turística relativos ao ano de 2022, divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mantém-se o aumento generalizado dos proveitos do setor do alojamento a nível nacional, representado pelo crescimento de 16,5% dos proveitos totais (5.003,5 milhões €) e de 17,7% dos proveitos de aposento (3.801,6 milhões €), no acumulado de 2022, ultrapassando os níveis do período pré-pandemia.
Em 2022, as regiões com maiores aumentos dos proveitos de alojamento, em comparação com 2019, foram a Região Autónoma da Madeira (+29,8% de proveitos totais e +36,6% de proveitos de aposento), seguida pelo Alentejo (+27% de proveitos totais e +31,1% de proveitos de aposento). Por outro lado, a região do Centro (+9,3% de proveitos totais e +14,4% de proveitos de aposento) e a Área Metropolitana de Lisboa (11,5% de proveitos totais e 12,8% de proveitos de aposento) foram as que registaram níveis de crescimento mais baixo, em igual período.
A evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento, destacando-se o turismo em espaço rural e de habitação por representar os maiores aumentos em 2022 face a 2019 (+64,6% nos proveitos totais e +62,4% nos proveitos de aposento). Por sua vez, a hotelaria e o alojamento local apresentaram níveis de crescimento semelhantes, tanto nos proveitos totais (+15,2% versus 14,5%, respetivamente) como nos proveitos de aposento (16,4% versus 15,6%, respetivamente).
Em relação ao total de hóspedes (26,5 milhões) e de dormidas (69,5 milhões), os valores globais de 2022 ficaram ainda abaixo do período pré-pandemia, em -2,3% e -0,9%, respetivamente. Estes dados são influenciados pela ainda baixa presença de hóspedes estrangeiros (-6,8%), que se traduziu num menor número de dormidas de não residentes (-5,0%) em 2022 face a 2019, situação já comunicada pela AHRESP aquando da divulgação dos dados preliminares da atividade turística pelo INE.
É de salientar ainda que o Centro e o Algarve são as regiões com maiores descidas de dormidas de estrangeiros, -13,1% e -11,3%, respetivamente, ao contrário das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira com aumentos de +5,1% e +4,5%, respetivamente, seguidas pela região Norte (+4,3%).