Ao longo do dia de trabalhos desta 2.ª edição do Boost, as repetidas referências aos indicadores positivos da atividade que é considerada um dos principais motores da economia nacional, o Turismo, mereceram um comentário por parte de Ana Jacinto: “É muito bom ver como o Turismo recuperou na pós-pandemia, sendo de salientar os números dos proveitos turísticos que, creio, a todos enche de orgulho. Mas o que não posso deixar de sublinhar é que este contexto positivo nem sempre se traduz na rentabilidade das empresas. Quando nos debruçamos sobre os imensos custos operacionais, a inflação alimentar que é superior à inflação média nacional, ou o aumento das taxas de juro, nem todos os setores do turismo conseguem acompanhar esta escalada de preços, repercutindo-a ao consumidor. É o caso da restauração, mais dependente do cliente interno e do poder de compra dos portugueses.”
A sustentar esta realidade, Ana Jacinto referiu ainda que, de acordo com o INE, houve uma variação negativa, entre 2019 e 2022 (último ano disponível), no que toca à rendibilidade operacional das vendas, autonomia financeira e solvabilidade das empresas. “São indicadores claros de que os custos operacionais para estas empresas comprometem a sua saúde financeira. “
Ana Jacinto considerou essencial este ponto de partida para discutir o papel da inovação no setor que atravessa dificuldades, contando para o efeito com Ricardo Pereira, investigador na OMINUM AI, Paulo Vaz, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, e Nuno Fernandes, CEO da DIGin.
O Magazine de Negócios irá publicar mais artigos sobre esta edição do BOOST 2024, iniciativa do NEST que decorreu na Casa da Música, no Porto, nos dias 16 e 17 de janeiro.