De acordo com os dados da Atividade Turística divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, no ano de 2023 os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 30 milhões de hóspedes (+13,3% face a 2022) e 77,2 milhões de dormidas (+10,7% face a 2022), tendo todas as regiões do país beneficiado deste cenário de crescimento. Ainda assim, houve regiões que se destacaram com aumentos mais expressivos nas dormidas, nomeadamente o Norte (+14,9% face a 2022), a Área Metropolitana de Lisboa (+12,6%) e o Centro (+11,9%).
A representatividade das dormidas de estrangeiros na procura turística nacional continua a ser elevada, tendo sido alcançadas 53,8 milhões dormidas de estrangeiros, que equivale a 70% do total de dormidas em 2023. Já o mercado interno contribuiu com 23,4 milhões de dormidas.
De entre as principais nacionalidades, o Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2023, responsável por 18,4% das dormidas de não residentes (+9,4% face a 2022) em Portugal. Em seguida, destacaram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (10,1%), francês e norte americano (8,6% em ambos) como os mais representativos da procura nacional.
Os mercados canadiano e norte americano são os que mais cresceram em 2023, na ordem dos 56,9% e 32,9%, respetivamente. O mercado canadiano, em particular, apesar de ter, ainda, uma baixa representatividade na procura turística nacional (3%), destaca-se pelo crescimento bastante expressivo no último ano.
Os proveitos totais em 2023 ascenderam a 6 milhões de euros (+20% face a 2022, +40% face a 2019), dos quais 4 milhões de euros correspondem a proveitos de aposento (77% do total) que também evoluíram favoravelmente, na ordem de +21% face a 2022 e +43% face a 2019.
Em 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na Região Autónoma Açores (+25,9% e +27,7%), na Área Metropolitana de Lisboa (+24,5% e +25,7%) e no Norte (+24,2% e +25,5%, respetivamente). Já comparativamente a 2019, os aumentos mais expressivos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +60,3% e +62,3%, respetivamente, e a RA Madeira com +60,2% e +72,3%).