ANA JACINTO NO 10.º FÓRUM DE TURISMO INTERNO | “O Turismo não vive sem os trabalhadores imigrantes. Ponto final, parágrafo.”

Jun 7, 2024

No segundo dia do 10.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, o painel "PAZ COMO DESTINO TURÍSTICO", juntou vários players do turismo para refletir sobre o tema. A questão da imigração marcou também o debate, com Ana Jacinto a defender: "Trabalho em rede e cooperação: é imperativo trabalharmos de forma colaborativa, envolvendo Governo, autarquias, associações e empresas". Quanto a uma das questões relacionadas com a imigração - a habitação - avança com uma proposta concreta da AHRESP, que envolve as autarquias no apoio às rendas dirigido aos imigrantes que, comprovadamente, vêm para o nosso país trabalhar no turismo. E por um período definido

Paulo Baldaia | Jornalista e Comentador; Jaime Mayaki Diretor do Departamento de Cooperação Técnica da OMT – Organização Mundial do Turismo; Lídia Monteiro Vogal do Conselho Executivo do Turismo de Portugal, IP; Filipe Domingues Representante em Portugal do IEP – Instituto para a Economia e Paz; Ana Jacinto Secretária Geral da AHRESP; Bernardo Trindade Presidente da AHP

“O Turismo não vive sem os trabalhadores imigrantes. Ponto final, parágrafo.” Esta foi a declaração inicial da secretária-geral da AHRESP ao desafio lançado pelo moderador Paulo Baldaia sobre as recentes medidas aprovadas pelo Governo em matéria de imigração.

No segundo dia do 10.º Fórum de Turismo Interno Vê Portugal, o painel “PAZ COMO DESTINO TURÍSTICO”, juntou vários players do turismo para refletir sobre o tema. Mas com as recentes alterações à lei que regula a imigração, revogando os procedimentos de autorização de residência assentes em manifestações de interesse, a imigração foi um tópico incontornável: Ana Jacinto defende que o problema, que tem múltiplas frentes, deve ser abordado em cooperação, envolvendo Governo, autarquias, associações e empresas.

“A AHRESP tem dito repetidamente: precisamos de trabalhadores imigrantes, mas uma imigração organizada, havendo condições para acolher e incluir devidamente as pessoas que escolhem o nosso país para trabalhar. Mas não é uma situação fácil… temos um problema de habitação e, na verdade para os integrar, faz parte ter uma casa onde possam viver”, salientou Ana Jacinto.

E acrescentou: “A AHRESP tem proposto nesta matéria o envolvimento das autarquias, sugerindo a canalização de verbas para apoiar as rendas na habitação dos migrantes que comprovadamente chegam ao nosso território para trabalhar nas empresas turísticas. É uma proposta que deve ser ponderada de forma a permitir aos imigrantes, quando chegam, não estarem totalmente desprovidos de capacidade financeira para iniciar a sua vida em Portugal.”

A AHRESP defende que este apoio tenha um período definido, eventualmente durante os três primeiros meses, período a partir do qual já terão mais estabilidade financeira. “É apenas uma das questões, mas temos muitas outras e o trabalho em rede é fundamental.”

QUE PENSAM OS JOVENS SOBRE O BINÓMIO PAZ/TURISMO?

A PAZ COMO DESTINO TURÍSTICO foi o mote de lançamento do painel participado pela secretária-geral da AHRESP. Foi também este o tópico que discutiram quatro estudantes finalistas em licenciaturas na área do Turismo: Filipa Lima, Bernardo Lopes, Tomás Oliveira e Matilde Barros. Este foi o ponto de partida da intervenção de Ana Jacinto neste painel, apontando que a reflexão dos jovens foi extremamente útil para refletir sobre valorização, comunicação e capacitação. Numa geração que nasceu e cresce em PAZ, esta é um dado adquirido, não suficientemente valorizada, mas também nunca despertada em contexto de academia. Ora veja:

 

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