Banco de Portugal prevê crescimento da economia mais otimistas até 2025

Jun 19, 2023

Projeções do regulador bancário apontam para um crescimento superior da economia portuguesa em relação às previsões apresentadas em março pelo governo. O Turismo continua na linha da frente entre as atividades com mais impacto na evolução positiva

O Banco de Portugal (BdP) prevê que este ano e nos próximos dois a economia portuguesa cresça a um ritmo mais robusto, na ordem de 2,7% em 2023, 2,4% em 2024 e 2,3% em 2025. Estas projeções do BdP são mais otimistas face às apresentadas em março pelo governo, que apontavam para crescimentos ligeiramente mais baixos, de 1,8% em 2023 e de 2% para os dois anos seguintes.

Neste panorama, prevê-se que o crescimento económico seja baseado sobretudo no aumento das exportações (com foco no turismo) e do investimento, este último impulsionado pela efetiva execução dos fundos europeus. O BdP prevê ainda um crescimento do emprego de 0,6%, em média anual, até 2025, bem como, uma tendência de aumento dos salários. 

Os dados do BdP estimam também uma contínua redução da inflação, de 5,2% para este ano (ao invés dos 5,5% previstos em março), de 3,3% para 2024 (ao invés dos 2,4% anteriormente previstos) e de 2,1% para 2025, refletindo um aliviar das pressões inflacionistas externas. 

Não obstante estas perspetivas positivas e bastante animadoras para os próximos tempos, a AHRESP encara esta trajetória e tendência de crescimento da atividade económica nacional com prudência, já que permanecem alguns riscos, nomeadamente, o agravamento das tensões geopolíticas e financeiras globais que poderão fazer abrandar o crescimento económico. 

Apesar da recuperação dos setores afetos ao turismo em 2022 e dos resultados bastante promissores dos primeiros quatro meses de 2023, os ganhos nem sempre são suficientes para fazer face aos custos crescentes das empresas de restauração e similares e do alojamento turístico, principalmente quando falamos em micro e pequenas empresas, que continuam a apresentar níveis de rentabilidade baixos, face a todo o contexto inflacionista e economicamente adverso que estamos a atravessar. 

PUB

Mais Artigos