Congresso AHRESP | Sessão Paralela 10: Desenvolvimento e Capacitação de Profissionais

Out 25, 2022

Com a pandemia muitos trabalhadores foram obrigados a deixar o setor e não voltaram. Os jovens que todos os anos fazem a sua formação académica na área acabam por não se adaptar à realidade do setor, com horários difíceis e salários que nem sempre são compensadores e partem para outros setores ou até para o exterior. Há restaurantes fechados por falta de mão de obra e outros que precisam de reforçar os seus quadros

Veja AQUI a sessão Desenvolvimento e Capacitação de Profissionais

Foi uma das sessões mais participadas no Congresso, o que não surpreende tendo em conta a sensibilidade do tema do desenvolvimento e capacitação de profissionais, num cenário de profunda escassez de trabalhadores, qualificados e não qualificados, que põe em causa o funcionamento das empresas dos setores HORECA.

“O turismo é fortíssimo no País, mas é especial porque depende de pessoas e como tal, as políticas e as estratégias têm que ser pensadas com muito cuidado e voltadas para os recursos humanos.” 

Carlos Costa | Professor Catedrático e Diretor, Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo, Universidade de Aveiro        

      “Os nossos estudos revelam que 100% dos alunos ficam no setor a trabalhar ou a prosseguir estudos. O problema não é a primeira inserção no setor, mas sim quantos permanecem ao fim de alguns meses ou anos. Temos um problema de retenção. Há que conhecer as expetativas dos jovens de hoje que não são as mesmas de gerações anteriores”

Ana Paula Pais
Diretora Coordenadora | Escolas de Hotelaria e Turismo, Turismo de Portugal

“Nós temos que duplicar ou mais que duplicar o número de jovens que terão que entrar nos percursos profissionais para podermos resolver este problema de termos neste setor o número desejável de alunos para que tenhamos um serviço de qualidade. Mas também se põe o problema do crescimento do setor”

José Luis Presa | Presidente, Associação Nacional de Escolas Profissionais – ANESPO

“É preciso saber se as pessoas têm vocação para aquilo que estão a fazer. A restauração é muito intensiva, é um trabalho de muitas horas e as pessoas não estão disponíveis para trabalhar essas horas. Fala-se em dividir horários, se nós não temos pessoas para trabalhar num só turno, como é que temos pessoas para fazer 2 turnos? Já não é o dinheiro que prende as pessoas ao setor. As pessoas querem é ter algum tempo livre para fazer outras coisas”

António Paulo Rodrigues | Gerente, Restaurante Rei dos Leitões

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