Desaceleração da inflação na restauração e similares mantém-se em novembro

Dez 20, 2023

As classes de “Restaurantes, Cafés e Estabelecimentos Similares” e de “Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas” registam descidas ligeiras em novembro. No entanto, algumas subclasses de produtos alimentares mantêm níveis de preços elevados, como açúcar, confeitaria, mel e outros produtos à base de açúcar, produtos hortícolas e frutas

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 1,5% em novembro (-0,6 pontos percentuais (p.p.) em relação à observada em outubro, de acordo com os últimos dados anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta desaceleração deve-se, sobretudo, ao facto de o aumento mensal de preços dos produtos alimentares em novembro (0,4%) ter sido inferior ao verificado em novembro de 2022 (1,7%).

Na classe dos “Restaurantes, Cafés e Estabelecimentos Similares” a inflação desacelerou ligeiramente para 7,0% em novembro, quando no mês anterior tinha estabilizado nos 7,2%. Também o grupo dos “Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas”, principal matéria-prima da restauração e similares, demonstra uma tendência de descida da inflação, tendo em novembro atingido o patamar de 3,0% (-1,4 p.p. face a outubro).

Contudo, e apesar desta desaceleração, permanecem ainda algumas subclasses de produtos alimentares com níveis de preços elevados, designadamente, o “açúcar, confeitaria, mel e outros produtos à base de açúcar” (9,8%), “produtos hortícolas” (8,8%), “café, chá e cacau” (8,4%) e “frutas” (6,9%).

Apesar deste cenário, são vários os fatores que podem gerar incertezas no comportamento e na evolução da inflação para os próximos meses, principalmente com a chegada do novo ano que acarreta aumentos no preço da eletricidade e efeitos no preço dos combustíveis. Por outro lado, também é expectável que a taxa de variação dos preços nos produtos alimentares aumente em janeiro com o fim do IVA zero.

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