“Terminada que foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que apenas se poderia assemelhar a uma Expo”98 ou ao Euro 2004 – e ainda assim falamos de eventos muito distintos, pelo seu significado e pela sua duração, quer no tempo, quer no espaço – atrevo-me a dizer que o esforço que exigiu, e o resultado geral a que se chegou, foi algo de «milagroso».
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Pela oportunidade que também tive de estar envolvida neste evento, reconheço bem que o trabalho levado a cabo pelas entidades estatais foi árduo e empenhado, assim como devemos “tirar o chapéu” a todos aqueles que abriram as suas portas e trabalharam nestes dias, servindo da melhor forma os peregrinos, como tão bem sabemos. Mais uma vez estamos de parabéns!
Não me vou debruçar sobre os milhões que foram gastos, sobre os ajustes diretos que foram feitos, ou no Estado que é laico, mas vou tentar fazer uma análise desapaixonada e o mais objetiva possível sobre o que esta JMJ pode significar para o Turismo, e para as empresas do Turismo.
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Sabemos que o peregrino anda de mochila às costas, carregado com os seus mantimentos, equipado a rigor para longas caminhadas, ou longas esperas, enfrentando “calorosas” condições, a todos os níveis. E este difere substancialmente do típico turista que nos costuma visitar, que chega para desfrutar a nossa gastronomia, que degusta demoradamente as suas refeições nos nossos restaurantes e que pernoita na nossa rica oferta de alojamento.
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Mas olhemos em frente, e tendo tudo corrido pelo melhor ao nível do evento propriamente dito e sem incidentes dignos de registo, Portugal esteve no centro do mundo, com o país a ser a imagem principal em transmissões para muitos milhões de espectadores em todos os continentes, e que mostraram imagens de tirar o fôlego, proporcionadas pelo renovado Parque Tejo. (…)”
Leia na íntegra o artigo de opinião de Ana Jacinto no jornal “Diário de Notícias”