“Há muito que Portugal é reconhecido como um dos países mais seguros do mundo, mas se há uma área da segurança que, sistematicamente, nos dá grandes dores de cabeça, é a segurança das, e nas, nossas praias.
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Será natural pensar-se que a segurança das nossas praias seria uma incumbência do nosso Estado, que a deve garantir, através dos nadadores-salvadores. Nada mais certo quanto ao princípio, nada mais errado quanto à prática.
De facto, por princípio, esta tarefa é do Estado, a quem cabe a gestão das praias, onde se inclui, entre outras, a assistência aos banhistas. Porém, na maioria dos casos, esta obrigação continua a ser “empurrada” para os concessionários das praias.
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Os concessionários não podem “fabricar” nadadores-salvadores. Eles têm de ser formados e disponibilizados. E há entidades que têm essas competências e a quem compete garantir um contingente que seja suficiente para as necessidades.
Portugal tem condições excecionais para poder ter uma época balnear alargada. São mais de 800 quilómetros de costa, o clima no Inverno é ameno e atrativo para muitos turistas de países mais frios, temos locais que permitem a prática de desportos náuticos durante todo o ano, mas para aproveitar todas estas potencialidades, é necessária uma análise e um estudo mais aprofundado, desde logo a questão da época balnear, mas sobretudo, a questão fora dela.”
Leia na íntegra o artigo de opinião de Ana Jacinto no “Diário de Notícias”