“É frequente o português defender a sua quintinha com “unhas e dentes” e andar de costas voltadas para o seu vizinho sem perceber o mal que isso lhe faz. Acontece isso no nosso dia a dia, na nossa vida particular, mas também noutros quadrantes da nossa existência. Está-nos no sangue, mas não tem de ser assim. Não pode ser assim.
Antigamente fazíamos parcerias, hoje desenvolvemos redes colaborativas, mas o propósito é o mesmo. Juntam-se pessoas ou entidades e em conjunto trabalham para atingir objetivos comuns. Todos dão uma parte de si para que todos ganhem.
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Sem dúvida que temos dado bons passos nesse sentido, mas há uma área, importantíssima, que tem ficado aquém daquilo que poderia dar, e que é aquela que advém, ou poderia advir, da relação entre Turismo e Cultura.
Quando falo em cultura refiro-me concretamente ao património cultural imóvel, em especial arquitetónico, porque outras vertentes há do espetro cultural que hoje já têm grande ligação ao Turismo como é o caso, por exemplo, do fado e da gastronomia, reconhecidos como património cultural imaterial.
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E é uma pena que assim seja, porque esse património está distribuído “de forma harmoniosa por todas as regiões do país”, o que poderia contribuir, e muito, para o desenvolvimento de territórios teoricamente menos atrativos.”
Leia na íntegra o artigo de opinião de Ana Jacinto no “Diário de Notícias”