“Não temos carvão na produção de energia”
“Um dos elementos fundamentais e que já atingimos é não termos carvão na produção de energia elétrica e outro elemento fundamental é a preponderância das energias renováveis no mix energético.
Um dos aspetos primordiais e que orientará o conjunto das políticas de eficiência energética e de regulação do setor energético em particular, tem a ver com o Plano e o roteiro da descarbonização.
Para isso são elementos fundamentais, as questões europeias, que estão definidas nos pacotes de energia limpa e que definem um conjunto de metas e objetivos.”
“54,4% de energia consumida foram energias renováveis”
“Até outubro deste ano mais de 54,4% de energia consumida foram energias renováveis e as expetativas é que atinjamos a meta de 80% até 2030.
Atualmente Portugal tem perto de 22 gigawatts de potência instalada e existe uma meta estabelecida para até 2030 atingirmos 30 gigawatts de potência, o que isto quer dizer é que estamos a tornarmo-nos menos dependentes de fontes externas e também estamos a fazer uma substituição das fontes fósseis.
Até 2030 as alternativas passam pelo aumento da produção de energia eólica e depois um aumento bem expressivo até 9,9 gigawatts de energia solar. Atualmente temos perto de 2 gigawatts mas a expectativa é chegar aos 9,9 gigawatts.
Esta evolução energética vai nos tornar mais independentes e também contribuir mais para a sustentabilidade da energia.”
“Ano após ano os gases com efeito de estufa continuam a aumentar”
“Para concretizar este objetivo transversal que é o de reduzir a emissão de gases carbónicos a estratégia passa por três grandes ações: reduzir as emissões através de ganhos de eficiência, repensar a forma como os projetos são desenhados e também substituir as fontes de energia, alterando as que utilizámos até agora por fontes renováveis.
Ano após ano os gases com efeito de estufa continuam a aumentar, segundo as Nações Unidas, e pelo menos dois terços dos gases com efeito de estufa são provenientes do setor energético. Temos vindo a assistir no nosso país e um pouco por todo o mundo a registos de fenómenos extremos seja de inundações, seja de seca extrema. Também já estamos a ver algum impacto no sentido inverso que é o facto das alterações climáticas colocarem em risco a segurança energética.
Na Nestlé hoje temos uma noção clara do impacto das nossas operações ao nível do consumo energético, do consumo de água, das emissões de gases com efeito de estufa e que corre toda a cadeia de valor do negócio.
No que toca à eficiência energética podemos entregar resultados em três áreas principais: ao nível das operações que são as nossas fábricas que representam uma fatia muito significativa do consumo energético e da emissão de gases, ao nível dos escritórios, da sede e de centros de distribuição e por último ao nível das pessoas que colaboram internamente, os consumidores, mas sobretudo os nossos parceiros, clientes e fornecedores.”
“A nossa energia principal é a geotermia “
“Em relação às águas temos uma ETA, tratamos a água antes do consumo e temos uma ETAR, tratamos a água e reutilizamos para a rega dos nossos jardins e dos nossos espaços verdes. Nesses espaços utilizamos plantas autóctones porque têm menos necessidade de água.
Usamos a cortiça de várias formas com por exemplo para o isolamento térmico que permite poupança de energia. Ao nível da restauração utilizamos produtos naturais de pequenos produtores locais, sempre que possível, certificados e os mais próximos da nossa unidade hoteleira.
Sempre utilizámos leds, luzes de baixo consumo e painéis fotovoltaicos para a parte da iluminação. A nossa energia principal é a geotermia, utilizamos o calor da terra, como complemento temos a solar térmica e finalmente gás natural e solar fotovoltaico.”
ASSISTA AO PAINEL ‘Eficiência Energética – Que ações a implementar?’ AQUI