Tratando-se da primeira mulher a receber esta distinção, o prémio simboliza as mulheres da panificação e o valor do pão tradicional, que atravessa gerações, e leva ao mundo o prestígio do pão feito em Portugal. A Padaria Pão de Gimonde é conhecida pelas suas receitas autênticas, incluindo pão de centeio, pão de trigo-sarraceno e nozes e a tradicional bola de carne transmontana, produtos que são um tributo à rica tradição regional.
Para a AHRESP, este é também um momento de celebração e de reafirmação do compromisso com a valorização do pão tradicional português, como exemplificado pela recente criação da Plataforma Nacional do Pão (PNP). Este projeto, que visa a certificação e promoção do Pão de Portugal, reflete a importância deste alimento, que atravessa crises e tempos de abundância, e que merece reconhecimento e valorização pela sua identidade cultural e valor nutricional.
Elisabete Ferreira, 46 anos, herda dos avós um legado familiar de panificação e uma paixão pela arte de amassar e inovar, que começou aos oito anos. Ao longo do tempo, aprimorou o seu saber com uma licenciatura em Gestão e uma formação especializada no Centro Tecnológico de Cereales de Castilla y León, em Espanha, uma sucursal da Richemont Craft School, com sede na Suíça que integra os métodos mais avançados de padaria e confeitaria do prestigiado instituto.
Além disso, preside o Clube Richemont em Portugal, comprometido com o lema “Aprender, Ensinar, Partilhar”, e colabora com várias universidades na investigação sobre cereais e métodos de panificação.
Que o exemplo de Elisabete Ferreira inspire todos os padeiros e conserve viva a nossa herança de panificação, promovendo a inovação sem perder de vista as nossas raízes.
A AHRESP agradece ainda a colaboração de Elisabete Ferreira em diversas iniciativas e eventos que a associação tem vindo a organizar na área da gastronomia em geral, e do pão em particular.