“É fundamental a abordagem dos resíduos como recursos”
“A legislação comunitária impõe-nos um calendário de aplicação de um conjunto de instrumentos e medidas, assim como, metas quantitativas a cumprir até 2030 e 2035.
Até 2025 temos que reduzir em 25%, face a 2020, os resíduos alimentares na restauração coletiva e comercial e também nas cadeias de produção e abastecimento, incluindo as agroalimentares, as empresas de catering, os supermercados e os hipermercados.
Para atingir os objetivos de transição para uma economia circular é essencial no que diz respeito a resíduos, uma aposta no eco-design, no prolongamento do tempo de vida dos produtos e na possibilidade da sua reutilização.
É ainda fundamental a abordagem de resíduos como recursos, apostando na sua recuperação com a maior qualidade possível, através da recolha seletiva e potenciando posteriormente a sua transformação em produtos de maior valor acrescentado.”
“Estamos a desperdiçar uma economia de cerca de 31 milhões de euros”
“Temos a obrigação de colocar 10% dos resíduos urbanos que produzimos em aterro até 2035.
Avizinha-se alguma ambição acrescida com o novo Plano Estratégico de Resíduos Urbanos até 2030. Há um aumento considerável das metas para a reciclagem das embalagens, que no total serão acima de 90%. Temos um papel a desempenhar no processo de reciclagem dessas mesmas embalagens.
Não estamos a valorizar resíduos que podem ser utilizados como matérias-primas secundárias e estamos a desperdiçar uma economia de cerca de 31 milhões de euros.”
“Não podemos descurar o papel das embalagens”
“O tema das embalagens e dos resíduos de embalagens é crucial para o setor das bebidas.
Sabemos que é uma das atividades onde o impacto ambiental se revela mais significativo.
Sabemos também que não podemos descurar o papel das embalagens. Elas existem porque protegem os produtos, permitem a sua transportabilidade e também fazem chegar informações aos consumidores.
É necessário promover a economia circular destas embalagens e reduzir o consumo de matérias virgens que são colocadas no mercado em embalagens de produtos de alta rotação dos consumidores.
Como medidas para contribuir para a redução de matérias-primas nas embalagens temos a reutilização de embalagens, a reincorporação de material reciclado e também medidas de eco-design que garantam a reciclabilidade das embalagens e a otimização do seu peso.”
“Acreditamos que as embalagens reutilizáveis não são a única solução para as questões do ambiente “
“Um dos primeiros objetivos da McDonald’s é ter 100% das embalagens de packaging primário obtidas a partir de fontes renováveis, recicláveis ou certificadas até 2025. Um segundo objetivo é reduzir drasticamente a quantidade de plástico usado na produção de brinquedos. O terceiro objetivo é implementar de uma forma transversal soluções globais para promover a redução, reutilização ou reciclagem do nosso packaging obrigando também a criar a procura de materiais reciclados.
Acreditamos que as embalagens reutilizáveis não são a única solução para as questões do ambiente. A reutilização pode ser uma das soluções flexíveis, assim como também a redução, a recolha seletiva e a reciclagem.
Existe um grande desafio no que diz respeito ao retorno das embalagens reutilizáveis por parte dos consumidores. Temos que garantir e estar efetivamente preparados para o retorno destas embalagens porque caso contrário o sistema de retorno não atinge os impactos ambientais.”
ASSISTA AO PAINEL “Embalagens e Resíduos de Embalagens: que futuro?” AQUI