Empresas devem ser prioridade, sublinha presidente da AHRESP

Abr 24, 2024

Esta foi a premissa de Carlos Moura, que em representação de todos os eleitos reconheceu, na sua intervenção de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais, Comissões Setoriais, Distritais e Regionais da AHRESP para o triénio 2024-2027, que este mandato será pautado por muitos desafios, mas mostrou-se confiante na capacidade e na resiliência das empresas e da sua equipa. Na ocasião, o ministro da Presidência referiu que o Governo quer a revogação de “decisões erradas que penalizam o Alojamento Local". Carlos Moedas, por seu turno, sobre o aumento da taxa turística, refere que tudo será feito em consenso e diálogo

© Fotografia e vídeo: getSMART/Nuno Martinho

Na sequência do ato eleitoral mais participado da já longa história da AHRESP, tomaram posse, na passada sexta-feira, dia 19 de abril, os seus Órgãos Sociais, assim como os eleitos para as Comissões Diretivas Setoriais, Distritais e Regionais.

A cerimónia teve lugar no emblemático Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa e, além do anfitrião, Carlos Moedas, contou também com as ilustres presenças do Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, a par de muitas outras individualidades em representação de várias entidades públicas e privadas.

Neste ato tomaram posse as 88 empresas, representadas por 176 dirigentes, eleitas para os Órgãos Sociais da AHRESP (Mesa da Assembleia-Geral, Direção e Conselho Fiscal), para as Comissões Diretivas Setoriais e para as Comissões Diretivas Distritais e Regionais, para o triénio 2024-2027.

No discurso de tomada de posse, o Presidente da AHRESP, Carlos Moura, em representação de todos os eleitos, reconheceu que este mandato será pautado por muitos desafios, mas mostrou-se confiante nas capacidade e resiliência das empresas e da sua equipa, elencando as seis ideais-chave que nortearão este mandato:

1. RECONHECIMENTO
Por parte da sociedade e por parte do Estado, de que as empresas devem posicionar-se no centro das nossas prioridades, promovendo-se um ecossistema mais favorável – ao nível financeiro e burocrático – que resulte no desenvolvimento e progresso dos negócios.

2. ATRAIR TALENTO E VALORIZAR AS PROFISSÕES DO TURISMO
É preciso aumentar as qualificações, enriquecer a atratividade das profissões e resolver a problemática falta de profissionais.

3. CENTRO DE INOVAÇÃO E INVESTIGAÇÃO PARA A GASTRONOMIA
Pela reconhecida relevância da gastronomia portuguesa, verdadeira âncora do Turismo, torna-se evidente a oportunidade da criação de um Centro Nacional de Competências, Inovação e Investigação para a Gastronomia, como aliás, outros países que nos são próximos já o fizeram, a fim de manter e reforçar este vetor diferenciador face aos mercados concorrentes.

4. MAIS E MELHOR ECONOMIA
Definição de um quadro fiscal e contributivo que incentive e promova o investimento, instrumentos de apoio aos novos investimentos, e à recapitalização das empresas, quer sejam, de grande ou pequena dimensão.

5. RELEVO DAS ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS
Procuraremos incessantemente enriquecer os serviços prestados à comunidade, quer sejam às nossas empresas, quer sejam às instituições, quer seja ao público em geral. Pelo relevo da estrutura associativa acreditamos que as instituições, quer da administração central ou local, quer seja o Parlamento, valorizem o papel que podemos emprestar para uma produção legislativa e regulamentar mais consentânea com as necessidades do tecido empresarial.

6. PROXIMIDADE
Dado o perfil e a capilaridade dos nossos representados que são milhares espalhados por todo o território nacional, continuaremos a reforçar todos serviços, designadamente na área da sustentabilidade, do digital e das energias, contribuindo para uma melhor eficácia das empresas e do respeito por todo o quadro legal.

Também das intervenções institucionais resultaram algumas ideias e compromissos, que merecem destaque:

GOVERNO AGRADECE AO SETOR

O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, deixou o seu reconhecimento ao setor, que considerou de crucial importância para a economia nacional. “Em nome do Governo, muito obrigado pelo que têm feito, nos momentos de crescimento, em que tudo parece mais fácil, mas também nos momentos mais terríveis de incerteza e de dúvida. Obrigado pelo que têm feito pelo país!”. Respondendo aos pedidos da AHRESP, Leitão Amaro assumiu a prioridade do Governo na redução do IRS, a que se seguirá também a descida no IRC.

Para breve, afirmou o Ministro, estará também a revogação de “decisões erradas que penalizam o Alojamento Local”. Nessa matéria destacou, em particular, a revogação da Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local (CEAL).

TAXA TURÍSTICA EM LISBOA: COMPROMISSO DE DIÁLOGO

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, enalteceu a capacidade do setor para se reinventar, depois de ter sido fortemente abalado pela pandemia. “Acredito que são os profissionais deste setor quem trabalha todos os dias para dar alma à nossa cidade. A alma desta cidade é fruto do vosso esforço.”

Sobre a taxa turística, Carlos Moedas assumiu o compromisso de diálogo. “Não farei nada sem os ouvir. Tudo será feito em consenso e diálogo. Por isso a minha resposta é ‘sim’, vamos trabalhar em conjunto.” Segundo o presidente do município, importa ver o que se pode dar aos lisboetas com o que o turismo traz todos os dias, usando as verbas em prol de uma cidade mais sustentável, mais equilibrada, mais amiga do turismo e do ambiente.

Foi também de compromisso que falou o Presidente da AHRESP, Carlos Moura: “Somos e seremos sempre parceiros de compromisso, na certeza de que as decisões que incidem sobre a atividade turística, ganham mais força e eficácia, quando resultam do diálogo permanente entre as partes.

E acrescentou quanto à taxa turística que, nessa matéria, “desejaríamos que parte da futura receita arrecadada fosse aplicada no bem-estar dos munícipes em temas como a mobilidade e transportes, a limpeza, a segurança pública, a iluminação das artérias e a melhoria do espaço público, entre outras. A sustentabilidade no turismo é um caminho incontornável. Temos de ter em conta as necessidades dos visitantes, do setor, mas também das respetivas comunidades. Estamos disponíveis para o diálogo!”.

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