Governo quer atingir 85% das receitas do turismo de 2019 ainda este ano

Mai 18, 2022

O objetivo não é apenas uma meta aritmética: Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio, Serviços, realça que o digital é incontornável no turismo e que urge operacionalizar "instrumentos financeiros que acarinhem investimento inteligente", defendeu na sessão de encerramento do hotel 4.0 Portugal Summit, no passado dia 11 de maio

Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, fechou a hotel 4.0 Portugal Summit com a mensagem de todo os players do turismo terão de investir na digitalização, Governo inclusive

“Para transformar digitalmente o setor é preciso apostar no empreendedorismo e em instrumentos financeiros que acarinhem o investimento inteligente”

A Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, encerrou o hotel 4.0 Portugal Summit, no passado dia 11 de maio, na Alfândega do Porto, com um tom otimista.

Começando por apontar que as empresas do turismo viveram dois anos duros na sequência das condicionantes à atividade impostas pela pandemia Covid-19, Rita Marques reconheceu os apoios libertados pelo Governo “nem sempre foram suficientes” e que a resiliência das empresas e trabalhadores que resistiram até agora em muito o devem às ações do movimento associativo, destacando neste contexto o papel da AHRESP.

A Secretária de Estado lembrou ainda que o turismo contava com perto de 400 mil trabalhadores antes da pandemia, perdeu 20% e está agora “em retoma na angariação de talento. Mas temos de reter, capacitar e fidelizar este talento para ficar connosco e continuar a permitir atingir as metas”, notou. Metas que o Governo estima para 2022 em 85% das receitas atingidas em 2019, mas não quer “as metas apenas e tão só. Não queremos a mesma abordagem que em 2019, temos que dar um salto e fazer uma evolução. E por isso este hotel 4.0 Summit é tão importante para pensarmos juntos o que temos que fazer, que gap é que temos que preencher, sejamos nós trabalhadores do setor, empresários, responsáveis de associações, académicos, administração central e local, ou centro político, que é o meu caso com a tutela do turismo”.

“Temos que apostar numa administração mais ágil, o que é mais fácil de dizer e difícil de fazer, mas não só ao nível central. É igualmente importante que este caminho se faça também nos municípios”

Para tal é incontornável a digitalização do turismo: mas para “trabalhar a Empresa 4.0, para transformar digitalmente o setor é preciso apostar no empreendedorismo e em instrumentos financeiros que acarinhem o investimento inteligente”. “E temos de ter também o Estado 4.0, que ainda não temos. Estamos um bocadinho longe disso. Temos de criar serviços digitais, condições para que o empresário não se afunde” em burocracia, reconheceu Rita Marques. Uma administração pública mais ágil a nível central e local, notou, falando no “papel importante dos municípios, que têm de estar mais conectados e abertos às necessidades” da indústria hoteleira.

Realçou que o trabalho feito pelo Turismo de Portugal neste âmbito foi de um esforço “notável, com iniciativas gratuitas que permitiram, através dos programas Best e Upgrade capacitar 60 mil pessoas, que ajudam a capacitar quer o empresário quer o trabalhador nesta lógica do 4.0, relevou ainda o trabalho efetuado na dimensão das empresas no conceito 4.0: neste com o Programa FIT – Fostering Innovation in Tourism, com uma dotação de dois milhões de euros por ano “para incentivar as boas ideias, em parceria com o NEST, que é um braço armado importante para o ecossistema empreendedor em Portugal”.

PUB

Mais Artigos