Os resultados destacam a força do Alojamento Turístico, com mais de metade das empresas inquiridas a reportar um desempenho superior ao de 2023 e apenas cerca de 1/5 a referir que o ano foi pior do que o anterior. Para a Passagem de Ano, 52% das empresas espera atingir ocupações superiores a 80%.
O perfil dos clientes do Alojamento Turístico revela a predominância de turistas nacionais no Natal e na Passagem de Ano. No mercado internacional, destaca-se Espanha, Estados Unidos e França como principais emissores, seguidos pelos Países Baixos, Bélgica e Canadá.
Na Restauração e Similares, os resultados indicam um cenário mais heterogéneo, influenciado pela localização dos negócios: 41% das empresas afirma que 2024 foi melhor do que 2023, enquanto metade refere que foi pior ou igual ao ano anterior. Fica evidente que os negócios localizados em áreas de maior fluxo turístico têm registado desempenhos mais favoráveis.
As expectativas para a época festiva nos setores da Restauração e Similares são moderadas: 40% das empresas esperam uma procura equivalente à de 2023, enquanto apenas 24% estão otimistas, aguardando um aumento. Quanto ao volume de negócios, 38% esperam um desempenho positivo, mas 58% acreditam que os resultados serão apenas suficientes ou que fiquem aquém das expetativas criadas.
O caminho é o Turismo
Os resultados do inquérito reforçam que levar mais turistas a todas as regiões do país é a solução para equilibrar o desempenho dos setores de Alojamento Turístico e da Restauração e Similares. As regiões com menor atratividade turística precisam de iniciativas estratégicas que as promovam e que fomentem a procura, a única forma de assegurar a sustentabilidade das empresas.
De um modo geral, 2024 foi avaliado de forma ligeiramente positiva, sobretudo no Alojamento Turístico. Contudo, os resultados mostram setores marcados por contrastes, dependendo da localização e do tipo de operação. A AHRESP reforça os alertas que tem vindo a fazer: sem alívios na carga fiscal, que permitam promover um ambiente mais amigável e incentivar a fixação de pessoas e de empresas nos territórios de menor atratividade turística, especialmente os que estão localizados longe do litoral, poderá vir a agravar-se ainda mais as assimetrias regionais e a sustentabilidade do Alojamento Turístico e da Restauração e Similares.
A AHRESP mantém o seu compromisso com os setores que representa, dedicando-se a encontrar soluções que reforcem a competitividade e consolidem o Turismo como um pilar fundamental para o desenvolvimento económico e para a coesão territorial.