No evento Lojas com História, que celebra e distingue estabelecimentos emblemáticos da cidade de Lisboa, o vereador Diogo Moura, responsável pelos pelouros da Economia e inovação na Câmara Municipal de Lisboa (CML), fez um balanço do programa e apresentou algumas medidas já em curso para “garantir no presente o que queremos para o futuro”.
Para fazer face à “descaracterização do comércio”, e à concentração de lojas no centro histórico, a autarquia quer criar “novas centralidades na cidade”, paralelamente à “necessidade de regular atividades”. Lisboa aprovou já uma moção, para pedir ao Governo alteração da legislação, para que os municípios tenham controlo prévio sobre as atividades económicas, de forma a preservar a identidade patrimonial e cultural dos centros históricos.
Neste contexto, o vereador enalteceu publicamente o papel da AHRESP no apoio às medidas de proteção do comércio histórico, destacando o seu contributo na alteração da regulamentação para comércio, nomeadamente na revisão da Lei n.º 42/2017, legislação fundamental para a proteção das “lojas com história”, reconhecendo o empenho da associação em garantir que estas medidas fossem equilibradas, exequíveis e adaptadas à realidade.
Diogo Moura explicou que, em determinadas zonas da cidade, a CML pretende, em conjunto com as entidades do comércio, “pensar e perceber o tipo de negócios que querem estar naquela zona para preservar os negócios e o comércio”. Na próxima semana, serão apresentados os resultados de um processo de consulta pública com a participação de cerca de 2100 pessoas, associações e entidades.
Diogo Moura sublinhou ainda que a AHRESP tem sido, a par de outras entidades representativas, um parceiro essencial para a concretização do projeto Lojas com História, assumindo um papel relevante não só na identificação e valorização destas lojas, mas também na procura de soluções para os desafios que enfrentam, como a pressão urbanística, a gentrificação ou as dificuldades de transmissão de saber-fazer entre gerações.
A AHRESP reitera o seu compromisso com a preservação do património comercial e cultural da cidade de Lisboa, reconhecendo nestas lojas não apenas espaços de comércio, mas verdadeiros centros de memória viva, com enorme importância para a identidade local, o turismo e a economia urbana. A continuidade deste trabalho conjunto é essencial para garantir que as “lojas com história” continuem a ter futuro.
