À semelhança das previsões lançadas ontem pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), também a Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, estimou que Portugal precise de 45 a 50 mil trabalhadores no setor do turismo, empregos que poderão ser preenchidos por trabalhadores de países de língua portuguesa ao abrigo do regime de entrada e permanência de trabalhadores em Portugal, recentemente aprovado. Numa declaração à agência Lusa, em Faro, Rita Marques anunciou que está a ser preparada, para o último trimestre do ano, uma missão empresarial portuguesa aos países da Comunidade de Língua Portuguesa para identificar trabalhadores interessados em vir para Portugal.
De acordo com a Secretária de Estado, “o objetivo é levar uma comitiva de empresários portugueses que estejam à procura de reforçar pessoal, identificando trabalhadores dessas geografias que estejam interessados em vir para Portugal (…) e que os serviços consulares possam depois administrativamente despachar favoravelmente os vistos e possamos trazer connosco os trabalhadores que pretendem ingressar neste setor de atividade”.
A Secretária de Estado, que esteve reunida com representantes do setor do turismo do Algarve, declarou que “nesta altura, em que há uma retoma pujante do setor do turismo, estamos a viver vários desafios e um deles tem a ver com a falta de capital humano”. A nova lei introduziu “alterações muitíssimo relevantes e substanciais na emissão de vistos, designadamente no âmbito dos países que ratificaram o acordo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”. Estimando que o país precisa de mais 45 mil a 50 mil trabalhadores para garantir a qualidade de serviços no turismo, Rita Marques disse que há a preocupação “de garantir que este capital humano também é adequadamente formado e capacitado” para manter “uma prestação de serviços de excelência”, envolvendo as escolas de hotelaria e turismo nacionais.