“Os dados da OCDE deveriam bastar para nos colocar em alerta quando perspetivam um crescimento mais moderado da nossa economia face às projeções que constam no relatório do OE2023. Mas se não forem suficientes. temos outros alertas.
Primeiro foi a diretora-geral do FMI. Kristalina Georgieva, que já nos inquietou ao dizer que “o impacto do aperto financeiro nos empregos ainda está para vir”. Agora. Bruxelas adverte que “os ventos contrários à economia da UE continuam a ser fortes” e, “embora o abrandamento da inflação energética seja uma boa notícia para as famílias, os salários reais deverão continuar a diminuir a curto prazo” e levará ainda algum tempo para que se “recupere parte das perdas de poder de compra”.
A estas vozes juntam-se os cenários pouco confiantes da OCDE e do BCE e as conclusões do Relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspetivas Futuras da ONU. que descreve o panorama de curto prazo como “incerto e sombrio”. E há ainda os números cia desaceleração da economia mundial.
Conforme referiu o Banco Mundial no início de janeiro de 2023, o crescimento de 3% previsto para este ano deverá recuar para 1.7%. Em suma, as projeções que constam no 0E2023 para a nossa economia são mais otimistas e estamos todos a trabalhar para que se concretizem, como todos desejamos.
Mas o momento exige-nos muita prudência. cautela. alerta e cuidado. A bem das empresas. das famílias. da economia e do país.”