Sem revelar datas de implementação, o artigo do “PÚBLICO” de 5 de agosto “Apoio de 2,5 milhões servirá para formar mil imigrantes” avança que o plano de formação de refugiados e migrantes no setor do turismo prevê abranger mil pessoas na sua primeira fase, de acordo com as informações prestadas ao jornal por fonte oficial do Ministério da Economia.
A medida requer recurso à rede de escolas do Turismo de Portugal e estágio nas empresas que queiram aderir ao programa e enquadra-se no âmbito do plano Acelerar a Economia, que o Governo apresentou a 4 de julho. À data, o Governo anunciou que 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal seria dedicado à criação de um “programa de integração de migrantes e refugiados”.
O programa destina-se a “acolher profissionais, ou não profissionais, para um projeto de formação-integração, visando contribuir para a melhoria das condições de integração dos refugiados e dos migrantes em Portugal”, e a prepará-los para entrarem no sector do turismo, conforme foi detalhado no documento apresentado.
Recentemente, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, afirmou ao PÚBLICO que a principal ameaça para o sector “tem que ver com a falta de pessoas disponíveis para trabalhar e com a dificuldade em manter os postos de trabalho que se vão conseguindo”. “Quer na restauração, quer no alojamento, a escassez de trabalhadores está a condicionar em larga escala o bom funcionamento das nossas empresas, comprometendo os negócios existentes e futuros”, acrescentou.
De relembrarar que, de acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, os setores do alojamento e da restauração estão na segunda posição em que eos trabalhadores estrangeiros têm maior peso, com cerca de 30% do total (depois da agricultura e pesca, com pouco mais de 40%), com destaque para os cidadãos brasileiros e nepaleses.