Dois relatórios de referência — Rival 50 – 2025 e State of AI in 2025 (QuantumBlack/McKinsey) — mostram que a combinação entre criatividade humana e inteligência artificial está a reescrever as regras da competição global e “deixaram de competir para se potenciarem mutuamente”. E Portugal, sobretudo no turismo, tem aqui um palco privilegiado.
“Estamos a entrar numa década em que criatividade e inteligência já não competem – potenciam-se”, afirma a secretária-geral da AHRESP.
Eis algumas ideias-chave que Ana Jacinto desenvolve no Publituris e que merecem reflexão:
O futuro pertence aos audazes, não aos gigantes
Pequenas marcas têm conquistado relevância cultural ao desafiarem convenções e criarem comunidades fortes. Exemplos como a Liquid Death ou a Nothing demonstram que o impacto já não depende de escala, mas de autenticidade e narrativa. Como sublinha Ana Jacinto, estas marcas “não seguem tendências – criam-nas; não pedem licença – desafiam; não correm atrás do palco – constroem-no”.
A IA é força de trabalho digital
Ao mesmo tempo, a IA está a atravessar uma transformação estrutural, tornando-se “uma nova força de trabalho — digital, escalável e incansável” e marcando a passagem da IA generativa para sistemas agênticos capazes de planear, executar e aprender autonomamente. Atendimento multilingue permanente, personalização em tempo real e experiências ajustadas ao visitante tornaram-se possíveis mesmo para pequenas unidades. “Pela primeira vez, ser pequeno não é limitação — é liberdade”, defende Ana Jacinto.
Portugal pode liderar
Ainda persistem lacunas de literacia digital e demasiadas decisões continuam a ser tomadas com base em perceções. “O futuro não se constrói com perceções — constrói-se com informação rigorosa, visão e capacidade de experimentar, como tenho reiterado publicamente”, alerta a secretária-geral, concluindo que Portugal reúne condições únicas para liderar esta nova fase do turismo global: “Temos capacidade de acolhimento, imaginação e uma identidade que nos distingue. Mas o futuro não chega sozinho — constrói-se com coragem, clareza e visão. Vencerão as empresas que desafiarem o presente sem perder a alma portuguesa. Mãos à obra?”
“As empresas portuguesas não precisam de ser as maiores — precisam de ser as mais autênticas”
Nota: o artigo de opinião de Ana Jacinto pode ser lido na íntegra na edição atual do Publituris






