Sustentabilidade ambiental no turismo: “É necessário criar um ambiente favorável às empresas para adotarem medidas sustentáveis, nomeadamente através de incentivos fiscais”

Dez 14, 2022

Esta é uma das conclusões da Conferência SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL O FUTURO É HOJE, a iniciativa que fechou um intenso ano de atividades da AHRESP. Com o contributo de diversos especialistas, empresários, profissionais e entidades oficiais, concluiu-se que as empresas do canal HORECA estão totalmente alinhadas com a necessidade de promover mudanças funcionais e comportamentais que conduzam a uma economia circular e à sustentabilidade ambiental

Carlos Moura | Presidente da AHRESP na abertura da conferência Sustentabilidade ambiental, o Futuro é Hoje

© Nuno Martinho/AHRESP

“A AHRESP fecha hoje um ciclo de nove eventos que decorreram em 2022 e que tocaram, tal como hoje, diversos temas que são fundamentais para as empresas que representamos. Em 2023 vamos intensificar estas ações no território: temos já agendadas 13 iniciativas que irão percorrer Portugal continental e ilhas, onde estaremos ainda mais próximos dos empresários

Com a conferência Sustentabilidade ambiental, o Futuro é Hoje, a AHRESP decidiu criar a oportunidade para aprofundar o debate e refletir sobre os atuais constrangimentos e os desafios que se colocam quando falamos de sustentabilidade ambiental na restauração, similares e alojamento turístico.

O evento, que juntou no dia 12 de dezembro, em Évora, especialistas, entidades oficiais, empresários, profissionais e muitos interessados neste tema revelou um setor completamente alinhado para promover mudanças que conduzam à sustentabilidade ambiental. Mas, os especialistas concluíram que, para que tal aconteça, é necessário criar um ambiente que favoreça a adoção de comportamentos e as alterações necessárias, nomeadamente através de incentivos fiscais.

Assim, e pretendendo que a conferência AHRESP Sustentabilidade ambiental, o Futuro é Hoje seja uma oportunidade de reflexão e debate e aproveitando a experiência e os contributos dos diversos especialistas convidados, concluiu-se o seguinte:

  1. A restauração, similares e alojamento turístico necessitam de encontrar soluções a médio e longo prazo para a eficiência energética e autoconsumo, por forma a reduzir consumos e custos da energia.
  2. São necessárias soluções económicas ajustadas à realidade das empresas, que permitam fazer melhor aproveitamento da água, bem cada vez mais escasso e caro.
  3. A utilização de embalagens reutilizáveis será em breve uma obrigatoriedade e é um dos maiores desafios que estes setores enfrentam, bem como a regulamentação sobre plásticos de uso único. É fundamental que sejam ajustados os prazos, as práticas e disponibilizados mecanismos para compensar os investimentos que serão necessários efetuar.
  4.  Em Portugal o desperdício alimentar gerado em 2020 atingiu os 183,5 kg/habitante, correspondente a 1,9 milhões de toneladas. As empresas do canal HORECA ainda contribuem com 13% para estes valores.
  5. As ações de sensibilização e de capacitação são, mais uma vez, uma das soluções apontadas e o lema é mesmo prevenir e reduzir.
  6. Até dezembro de 2023, as nossas empresas estarão obrigadas a separar os biorresíduos na sua origem, tornando-se assim necessário garantir a correta triagem. Os Municípios deverão assegurar um efetivo sistema de recolha.

Em suma,

    • As empresas da restauração, similares e do alojamento turístico estão totalmente alinhadas com a necessidade de promover mudanças funcionais e comportamentais que conduzam a uma economia circular e à sustentabilidade ambiental.
    • É essencial, mais e melhores, ações de sensibilização para clientes e hóspedes, já que a colaboração destes é imprescindível para que as empresas sejam cada vez mais sustentáveis.
    • É fundamental criar um ambiente favorável para as empresas, nomeadamente através de incentivos fiscais, que incentivem as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico a adotar medidas sustentáveis.

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