Ler AQUI, na íntegra, as declarações de Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, à TSF
A AHRESP manifestou a sua oposição à recomendação da Unidade Técnica de Avaliação de Políticas Tributárias e Aduaneiras (U-Tax) de aumentar o IVA da restauração de 13% para 23%. Em entrevista à TSF, Ana Jacinto, sublinhou que o setor “não está bem”, sobretudo fora dos centros turísticos, sublinhando que é necessário enquadrar um setor marcado por grandes “assimetrias regionais”.
A secretária-geral da AHRESP justifica que “essa restauração não está bem devido ao forte impacto da inflação nos preços das matérias-primas, ao esforço das empresas em aumentar salários e ao endividamento herdado da pandemia.”
“Já tínhamos vindo a alertar para mais um ciclo difícil que o setor da restauração está a atravessar”, afirmou, explicando que os indicadores positivos do turismo dizem respeito maioritariamente ao alojamento, e não refletem a realidade da restauração. “Relativamente à restauração, os dados são praticamente inexistentes”, acrescentou.
Quanto aos argumentos da U-Tax sobre o impacto positivo do aumento do IVA na receita fiscal, Ana Jacinto rejeita simplificações: “Se falarmos do aumento de IVA, é bom de ver que a receita aumenta. Se falarmos em descida, a receita também desce. Só que essa análise não pode ser feita de forma simplista.”
A secretária-geral da AHRESP lembra ainda que a reposição da taxa intermédia foi compensada por aumentos noutros impostos e menor despesa social: “Foi muito compensado pelo aumento das entradas ao nível da TSU, do IRS e do IRC, e pela baixa das despesas com subsídios de desemprego.”