TSF | Entrevista a Ana Jacinto – “Alívio fiscal às empresas precisa de ser concretizado”

Out 8, 2024

Em entrevista ao programa NEGÓCIOS EM PORTUGUÊS, da TSF, a secretária-geral da AHRESP aborda as 25 medidas que a AHRESP propõe ao Governo para o próximo Orçamento do Estado. Ana Jacinto defende que é "preciso concretizar o alívio fiscal às empresas para gerar riqueza e permitir o esforço de aumento salarial. É urgente gerar rendimento disponível às empresas". A explicação do tema do Congresso da associação, que tem lugar em Aveiro, nos dias 10 e 11 de outubro, - "Gestão é ter o coração do lado certo", marca o arranque desta conversa. OIÇA AQUI A ENTREVISTA, QUE VOLTA À ANTENA DA TSF A 11 DE OUTUBRO.

EXCERTOS DA ENTREVISTA

“Escolhemos o tema GESTÃO É TER O CORAÇÃO DO LADO CERTO porque as pessoas são o nosso maior ativo: o que queremos é tornar a gestão cada vez mais humanizada e mais voltada para as pessoas. No segundo dia do Congresso, 12 de outubro, teremos duas sessões paralelas – “Saúde e inclusão” e “Pessoas do lado certo” -, em que vamos discutir temas como, por exemplo, a saúde mental no trabalho ou a demissão silenciosa nas empresas. São temas muito pertinentes, e de que pouco se fala, mas que têm ganhado importância. É preciso discuti-los.”

“É necessário perceber as questões da imigração e da capacitação dos trabalhadores, da inserção dos imigrantes nas nossas empresas e no mundo do trabalho (e também no país). No fundo, vamos debater como atrair e motivar pessoas para os nossos setores. Todos estes temas vão ter um grande foco, mas é evidente que o Congresso também enquadra temas da gestão nomeadamente no primeiro dia.”“

“A AHRESP nunca se manifestou contra o aumento do salário mínimo. Nem pode, porque estaria a ser contraditória com aquilo que tem defendido – as pessoas precisam de receber bem, porque precisamos de atrair pessoas para trabalhar nos nossos setores. É necessário valorizar estas profissões e uma das formas de o fazer, que não é a única, é remunerar cada vez melhor estas profissões. Aqui, a principal questão está em dar condições às empresas para acompanharem estes acréscimos de custos salariais. Para que isto aconteça, o esforço precisa de ser repartido por todos: pelas empresas, mas também pelo Estado. E é aqui que que a balança está desequilibrada porque o Estado não está a favor do esforço que lhe compete.””

“De entre as 25 medidas que a AHRESP propôs para o próximo Orçamento do Estado, muitas delas focam o alívio fiscal às empresas. As empresas estão a dar uma fatia muito importante ao Estado, traduzida em termos fiscais. No final do dia, fazemos um esforço muito grande, mas o rendimento líquido dos trabalhadores em termos reais é pouco. A AHRESP já está a negociar os seus contratos coletivos e está empenhada em fazer esse esforço, que é contínuo. Mas, claramente, é necessário um alívio fiscal, nomeadamente ao nível da TSU e do IRS. Por outro lado também a reposição do IVA nos 13% para todas as bebidas precisa de ser concretizada.”

“É bom que todos tenhamos consciência de que, quando dizemos que o Turismo é o motor da nossa economia, é bom para todas as outras atividades económicas. Somos uma atividade muito importante para o país, que alavanca muitas outras atividades. O desejável é que todas as outras atividades cresçam ao mesmo ritmo que cresce o Turismo. Isso, sim, seria muito bom.”

PUB

Mais Artigos

CONGRESSO AHRESP 2024 | SESSÃO DE ABERTURA

CONGRESSO AHRESP 2024 | SESSÃO DE ABERTURA

ABERTURA Oradores: Carlos Moura, Presidente da Direção da AHRESP Raúl Almeida, Presidente da Turismo do Centro de Portugal José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro Pedro Reis, Ministro da Economia Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República...