“Nos nossos setores de atividade é difícil aos profissionais conciliarem a sua vida profissional com a vida familiar, com os amigos, com os períodos de lazer. E sem dúvida que estes aspetos definem cada vez mais o perfil do novo trabalhador, que valoriza estes aspetos, pois trabalham em contraciclo – enquanto os outros estão a gozar os seus períodos de lazer, nós estamos a trabalhar.
Relativamente aos salários, o setor fez um upgrade enorme, a AHRESP negoceia sempre contratação coletiva com os sindicatos destes setores de atividade afetos à CGTP e à UGT. Fizemos um aumento na ordem dos 8%. Há um esforço enorme para atualizar os salários, e há que ressalvar que, em cima destes 8%, há muitas empresas que fizeram ainda maiores aumentos. E não se faz mais, porque convém dizer que há uma carga fiscal e contributiva pesada sobre o rendimento do trabalho: nós estamos a falar do turismo, uma atividade de mão de obra intensiva, e não há outra que empregue tantos trabalhadores, portanto, o peso da carga fiscal e contributiva no trabalho é muito maior do que em outros setores de atividade.”