Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, sublinha que a revolução de 25 de Abril foi determinante para o florescimento do turismo em Portugal, atividade que, hoje, se assume como um motor essencial da economia: “O Turismo, que é hoje o grande impulsionador da economia portuguesa, só floresceu porque houve um 25 de Abril”, defende. “O 25 de Abril trouxe-nos a liberdade de circular, de empreender, de investir, de escolher o nosso futuro. E tudo isso está espelhado na qualidade da restauração e do alojamento turístico, no reconhecimento internacional da nossa oferta e nas distinções recebidas pelo destino Portugal. Só num país livre se pode ser verdadeiramente anfitrião.”
“Hoje, quando recebemos turistas dos quatro cantos do mundo, não Ihes mostramos apenas paisagens de postal ou monumentos icónicos. Mostramos uma história de superação, um povo que soube abrir-se ao mundo sem perder a sua identidade. Mostramos que a Liberdade é mais do que um direito – é um valor que se saboreia num prato tradicional, se escuta num fado modernizado por outras influências, se respira nas ruas onde todas as línguas são bem-vindas.
“O Turismo português é, afinal, um herdeiro direto de Abril. E cabe-nos a todos – empresários, trabalhadores, decisores e cidadãos – garantir que continua a ser uma atividade livre: livre de preconceitos, livre para inovar, livre para crescer com responsabilidade. Uma atividade onde cada ideia tem espaço para nascer e onde cada profissional é reconhecido pelo seu talento e pelo seu valor, independentemente da sua origem, género ou condição. Essa liberdade, que hoje tantos consideram adquirida, foi há mais de 50 anos um sonho ousado. E é nosso dever preservá-la com inteligência, compromisso e visão.”
Antes da democracia, o país vivia fechado ao mundo, com um turismo residual e condicionado. Com a abertura política e a integração europeia, chegaram os investimentos, as infraestruturas e, acima de tudo, uma nova mentalidade mais aberta e plural. “Só num país livre se pode ser verdadeiramente anfitrião”, afirma, destacando como a liberdade se expressa hoje nas ruas, na gastronomia, no acolhimento e na diversidade cultural.
A responsável elogia ainda a iniciativa do Turismo de Portugal – a campanha “O Turismo é Feito de Pessoas” – por reconhecer o valor de todos os profissionais do turismo. Para Ana Jacinto, o turismo deve continuar a ser “livre para inovar, livre para crescer com responsabilidade”, um espaço inclusivo e sem preconceitos. Apesar dos avanços, deixa um alerta: a liberdade continua a não estar garantida de forma absoluta. “Temos todos o dever de cuidar, permanentemente, da Liberdade que tanto custou a conquistar”, conclui.
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