Com o Turismo no centro da economia nacional, a AHRESP alerta: sem empresas viáveis, não há empregos; sem empregos, não há contribuições; e sem contribuições, não haverá excedentes no futuro.
O OE2026 deve marcar um ponto de viragem com medidas concretas de alívio fiscal, capitalização, requalificação e modernização das empresas. É fundamental garantir que as empresas dispõem da tesouraria necessária para investir nos seus negócios e nas suas equipas, valorizando e reconhecendo os trabalhadores como o verdadeiro capital de uma atividade que é feita de pessoas para pessoas.
Turismo em transformação
O Turismo continua a ser um dos grandes motores da economia portuguesa, mas os indicadores de 2025 revelam mudanças relevantes nos perfis de turistas. Verifica-se, por exemplo, através dos dados disponíveis até julho de 2025, que os EUA se assumiram como o 3.º principal mercado internacional, ultrapassando a Espanha, que tradicionalmente ocupava essa posição.
Esta evolução exige uma rápida adaptação das empresas portuguesas às novas exigências e padrões de consumo. Contudo, o Canal HORECA é maioritariamente composto por microempresas que não têm, sozinhas, capacidade financeira para modernizar ou requalificar os seus estabelecimentos.
Entre as 30 medidas apresentadas pela AHRESP, destacam-se:
- Reposição do IVA dos refrigerantes e bebidas alcoólicas para a taxa intermédia, medida essencial para reforçar a competitividade das nossas empresas;
- Alívio fiscal sobre o trabalho e rendimento, incluindo redução da TSU e revisão em baixa das taxas de IRS e IRC;
- Criação de um Prémio à Valorização Salarial;
- Apoios ao investimento em eficiência energética, digitalização e modernização dos estabelecimentos, com instrumentos acessíveis a microempresas;
- Redução da tributação sobre rendimentos prediais e incentivos à habitação para trabalhadores, para fixar talento;
Um apelo construtivo
O OE2026 tem de ser um orçamento pró-crescimento, pró-emprego e pró-salários. Um orçamento que devolva confiança ao tecido empresarial, reconheça o papel do Turismo na coesão territorial e permita transformar excedentes orçamentais em prosperidade partilhada. Com estas medidas, ganham as empresas, ganham os trabalhadores e ganha Portugal.
Aceda ao link do documento das Propostas AHRESP para o Orçamento do Estado 2026 AQUI