Congresso AHRESP 2022 | Sustentabilidade: utopia ou sobrevivência? João Vieira Lopes responde

Out 11, 2022

Em antecipação ao Congresso AHRESP 2022, o Magazine de Negócios desafiou alguns dos oradores a responder a duas questões: leia hoje as respostas de João Vieira Lopes, Presidente da CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal

 Qual a importância que atribui à realização do Congresso AHRESP 2022 no atual contexto económico?

A realização de grandes iniciativas em torno dos problemas que afetam um setor é sempre positiva, uma vez que estes fóruns se traduzem em espaços de reflexão, debate e propositura de medidas para os problemas identificados. Realizar um congresso, como o Congresso da AHRESP, num momento complexo como o que vivemos, assume uma importância renovada porque o Congresso pode constituir-se como um espaço de unidade do setor em torno de soluções concretas para enfrentar os novos desafios, permitindo ainda deixar uma mensagem de confiança aos empresários de que temos condições para enfrentar mais um momento difícil.

Sustentabilidade: é uma utopia ou uma questão de sobrevivência? Porquê e quais os vetores de sustentabilidade mais vulneráveis?

Quando falamos em sustentabilidade, pensamos, desde logo, nas questões ambientais, mas muitas outras dimensões são igualmente relevantes como a ética, a dimensão social e, não menos importante, a sustentabilidade financeira das empresas.  A sustentabilidade, nestas várias perspetivas, há muito deixou de ser uma utopia, sendo cada vez mais uma questão de necessidade, num quadro em que o mercado, e desde logo os consumidores, cada vez nos exigem soluções e comportamentos mais responsáveis. Não menos importante, começa a ser cada vez mais evidente que o modelo em que temos vivido não é compatível com recursos, nomeadamente alimentares e energéticos, cada vez mais escassos. Não temos dúvidas de que serão crescentes os conflitos à escala global pela apropriação destes recursos, se não invertermos esta tendência.

Neste quadro, não é de estranhar que se multipliquem iniciativas, regulamentares ou mesmo voluntárias, que contribuem para minimizar as fragilidades com que estamos confrontados, nomeadamente no espaço europeu, mas teremos de ir mais longe, do ponto de vista individual e coletivo, para garantir um futuro às novas gerações.

No entanto, as empresas só poderão contribuir para este esforço, se também do ponto de vista financeiro forem sustentáveis. Para isso, precisamos de um enquadramento, por exemplo em termos fiscais, que não as estrangule financeiramente e seja ele mesmo um promotor desta sustentabilidade. O que constatamos, infelizmente, é que as políticas públicas são muito tímidas, por vezes contraditórias, com os objetivos que se pretendem alcançar.

QUERO INSCREVER-ME NO CONGRESSO AHRESP 2022!

 

 

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